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EUA, Itália, Espanha e Grécia fecham embaixadas em Kiev

Já são quatro os países que receiam ataques à capital ucraniana e encerram, por isso, as representações diplomáticas.

Lusa_EPA/reuters
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Estados Unidos, Itália, Espanha e Grécia anunciaram esta quarta-feira o encerramento das suas embaixadas em Kiev, por receios de um ataque à capital ucraniana.

Os EUA foram os primeiros a anunciar o fecho da representação diplomática, dizendo que receberam "informação específica" sobre um possível ataque aéreo à cidade.

A embaixada espanhola informou que não vai disponibilizar serviços consulares durante o dia devido ao "crescente risco de ataques aéreos na Ucrânia", segundo noticia a agência Efe. Num email enviado aos espanhóis a viver na Ucrânia, aconselhou-os a "tomarem medidas extremas de segurança, cumprirem todas as recomendações das autoridades locais, e saberem sempre localizar um abrigo".

As embaixadas de Itália e Grécia também indicaram que estariam encerradas durante o dia de hoje.

Já a embaixada britânica mantém-se aberta e diz que continua a monitorizar a situação no terreno, relata BBC.

A emissora pública ucraniana Suspilne diz que os serviços de informação do país acreditam que é possível um ataque com drones e mísseis, que não estará relacionado com a mudança de postura do Kremlin sobre o uso de armas nucleares.

Durante o dia já foram lançados alertas para ataques aéreos em Kiev e noutras regiões ucranianas. Estes alertas são comuns desde que a guerra começou, mas ganham particular importância no atual contexto de antecipação de um "raid".

No fim de semana, o Presidente norte-americano, Joe Biden, autorizou pela primeira vez a Ucrânia a usar mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos para atacar território da Rússia. Dias depois, Vladimir Putin respondeu com uma alteração à doutrina nuclear russa para expandir o uso de armas nucleares em caso de ataque a território russo. O Kremlin diz agora que verá qualquer agressão contra a Rússia ou aliados por um Estado não-nuclear, mas apoiado por uma potência nuclear, como um ataque conjunto.

Putin tem avisado os Estados Unidos e respetivos aliados europeus que permitir ataques a solo russo através de armas de longo-alcance ocidentais levaria a que os dois lados entrassem em conflito direto.

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