Notícia
Empresários pedem a Pence para acionar destituição de Trump
A Associação Nacional de Fabricantes dos EUA defendeu que o vice-Presidente, Mike Pence, deveria "considerar seriamente" a invocação da 25.ª emenda da Constituição, para destituir Donald Trump como Presidente.
07 de Janeiro de 2021 às 17:21
A Associação Nacional de Fabricantes, que representa mais de 14.000 empresas nos Estados Unidos, condenou o ataque ao Capitólio, na quarta-feira, por parte de apoiantes de Donald Trump e, na sequência, apelou para que Mike Pence admita invocar a emenda da Constituição que permite alegar incapacidade para retirar ao Presidente qualificação para governar.
"O Presidente cessante incitou a violência na tentativa de permanecer no poder. E qualquer cargo eleito que o defenda está a violar o seu juramento à Constituição e a rejeitar a democracia em favor da anarquia", disse o presidente da associação, Jay Timmons.
Esta associação junta-se assim a um grupo de senadores que, de forma discreta têm discutido esta possibilidade, e a organizações, como a Liga Urbana Nacional, que já pediu abertamente o uso da 25.ª emenda da Constituição, para afastar Trump da Casa Branca antes do final do seu mandato.
Timmons, um ex-líder do Partido Republicano, considera que as alegações de Trump sobre fraude eleitoral não têm fundamento e responsabilizou o Presidente e o seu partido pelo que aconteceu.
"Isto não é lei e ordem. Isto é o caos. Esta é a lei da rua. É perigoso. Isto é sedição e é assim que deve ser tratado", explicou o líder da importante associação empresarial.
A Business Roundtable, uma organização que reúne os principais gestores de dezenas de grandes empresas, também disse hoje que "a violência indesculpável e o caos no Capitólio deixam claro que a perpetuação da ficção de uma eleição presidencial fraudulenta por funcionários eleitos não é apenas repreensível, mas também perigosa para a democracia, a sociedade e a economia".
O mundo dos negócios, que beneficiou das políticas fiscais de Trump, não se pronunciou sobre a situação política, nos últimos anos, tendo estado em silêncio face às controvérsias que cercaram a presidência republicana.
No entanto, agora, aumentam de tom as críticas de algumas figuras empresariais próximas do próprio Trump, como o diretor do fundo Blackstone Group, Stephen Scharzman, que considerou que "a insurreição que se seguiu às palavras do Presidente é lamentável e uma afronta para valores democráticos".
O maior banco do país, JPMorgan Chase, também destacou uma mensagem do seu diretor, James Dimon, segundo a qual os líderes têm a responsabilidade de exigir o fim da violência, aceitar o resultado das eleições e apoiar uma transição pacífica.
Os líderes de outras grandes organizações bancárias - como Citigroup, Wells Fargo, Bank of America e Goldman Sachs - também condenaram o que aconteceu em Washington.
No setor da tecnologia, Sundar Pichai, diretor do Alphabet, grupo da empresa Google, apontou que a "ilegalidade e violência" vista no Capitólio são a "antítese da democracia".
O chefe da Apple, Tim Cook, considerou o ataque ao Capitólio "triste e vergonhoso" e defendeu que os "responsáveis por esta insurreição devem ser responsabilizados".
O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, disse que estava "triste" com a violência e enfatizou que uma transição pacífica no governo é "fundamental" e que os líderes devem dar o exemplo.
Muitos sindicatos também aderiram às condenações, com os Sindicatos da Construção Civil da América do Norte, representando mais de 3 milhões de trabalhadores da construção, pedindo a demissão de Trump e de vários senadores republicanos que se opuseram aos resultados das eleições.
"Pedimos uma comissão bipartidária para investigar e identificar todos aqueles que planearam, financiaram e coordenaram esta tentativa de golpe e desejamos que sejam perseguidos pelo Departamento de Justiça", disse o líder sindical Sean McGarvey, num comunicado.
"O Presidente cessante incitou a violência na tentativa de permanecer no poder. E qualquer cargo eleito que o defenda está a violar o seu juramento à Constituição e a rejeitar a democracia em favor da anarquia", disse o presidente da associação, Jay Timmons.
Timmons, um ex-líder do Partido Republicano, considera que as alegações de Trump sobre fraude eleitoral não têm fundamento e responsabilizou o Presidente e o seu partido pelo que aconteceu.
"Isto não é lei e ordem. Isto é o caos. Esta é a lei da rua. É perigoso. Isto é sedição e é assim que deve ser tratado", explicou o líder da importante associação empresarial.
A Business Roundtable, uma organização que reúne os principais gestores de dezenas de grandes empresas, também disse hoje que "a violência indesculpável e o caos no Capitólio deixam claro que a perpetuação da ficção de uma eleição presidencial fraudulenta por funcionários eleitos não é apenas repreensível, mas também perigosa para a democracia, a sociedade e a economia".
O mundo dos negócios, que beneficiou das políticas fiscais de Trump, não se pronunciou sobre a situação política, nos últimos anos, tendo estado em silêncio face às controvérsias que cercaram a presidência republicana.
No entanto, agora, aumentam de tom as críticas de algumas figuras empresariais próximas do próprio Trump, como o diretor do fundo Blackstone Group, Stephen Scharzman, que considerou que "a insurreição que se seguiu às palavras do Presidente é lamentável e uma afronta para valores democráticos".
O maior banco do país, JPMorgan Chase, também destacou uma mensagem do seu diretor, James Dimon, segundo a qual os líderes têm a responsabilidade de exigir o fim da violência, aceitar o resultado das eleições e apoiar uma transição pacífica.
Os líderes de outras grandes organizações bancárias - como Citigroup, Wells Fargo, Bank of America e Goldman Sachs - também condenaram o que aconteceu em Washington.
No setor da tecnologia, Sundar Pichai, diretor do Alphabet, grupo da empresa Google, apontou que a "ilegalidade e violência" vista no Capitólio são a "antítese da democracia".
O chefe da Apple, Tim Cook, considerou o ataque ao Capitólio "triste e vergonhoso" e defendeu que os "responsáveis por esta insurreição devem ser responsabilizados".
O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, disse que estava "triste" com a violência e enfatizou que uma transição pacífica no governo é "fundamental" e que os líderes devem dar o exemplo.
Muitos sindicatos também aderiram às condenações, com os Sindicatos da Construção Civil da América do Norte, representando mais de 3 milhões de trabalhadores da construção, pedindo a demissão de Trump e de vários senadores republicanos que se opuseram aos resultados das eleições.
"Pedimos uma comissão bipartidária para investigar e identificar todos aqueles que planearam, financiaram e coordenaram esta tentativa de golpe e desejamos que sejam perseguidos pelo Departamento de Justiça", disse o líder sindical Sean McGarvey, num comunicado.