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Embaixador israelita mereceu “a mais forte desaprovação” do Governo

Ehud Gol, embaixador de Israel, foi chamado ao Palácio das Necessidades depois de ter dito que Portugal tinha “uma nódoa” por ter colocado a bandeira a meia-haste após a morte de Hitler. O Governo condenou com veemência os comentários.

31 de Janeiro de 2013 às 18:56
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O embaixador fez estes comentários a 30 de Outubro do ano passado. A 7 de Novembro, Ehud Gol foi chamado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE). O Governo explicou, em resposta a uma pergunta de deputados do PS, que o embaixador foi recebido pelo secretário-geral do MNE. Nesse encontro, “foi-lhe expressa a mais forte desaprovação pelas declarações por si proferidas”, sustenta o documento, enviado aos deputados na passada quarta-feira.

 

Além disso, o MNE “instruiu” o embaixador de Portugal em Israel para “transmitir junto das competentes autoridades israelitas o desagrado pelas declarações proferidas pelo seu representante diplomático”. O embaixador deu cumprimento a essa indicação do Governo num encontro realizado a 15 de Novembro.

 

A resposta, assinada pela chefe de gabinete de Paulo Portas, destaca que, nas duas ocasiões, foi enfatizada a “presença e actuação em território nacional de organismos judeus internacionais de apoio e encaminhamento de refugiados” durante a II Guerra Mundial, e o “compromisso nacional em defesa da memória do Holocausto”, bem como a sua investigação e ensino, temas que são consensuais e transversais em Portugal.

 

Uma "nódoa" com mais de 60 anos

 

A 30 de Outubro de 2012, o embaixador Ehud Gol acusou Portugal de ter sido “o único país que colocou a sua bandeira a meia haste durante três dias” quando tomou conhecimento da morte de Adolf Hitler. “É uma nódoa que para nós, judeus, vai aparecer sempre associada a Portugal”, sublinhou então, citado pelo “Público”.

 

Dias depois, a 6 de Novembro, os deputados do PS Maria de Belém, Paulo Pisco, Laurentino Dias, Alberto Martins e Gabriela Canavilhas questionaram o ministro Paulo Portas sobre estes comentários, exigindo um pedido de desculpas de Ehud Gol pelas declarações que proferiu. No documento, os deputados afirmam que as declarações são “ofensivas” e que Gol adoptara um “tom invasivo” em assuntos nacionais.


Comentários do embaixador israelita mereceram “a mais forte desaprovação” do Governo

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