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EAU em risco de serem incluídos na "lista cinzenta" do combate à lavagem de dinheiro

Grupo de Ação Financeira (GAFI) aponta "deficiências estratégicas" no regime fiscal dos Emirados Árabes Unidos e pondera colocar o país entre os menos cooperantes no combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo.

Uma vista aérea sobre a torre Burj Khalifa, de 828 metros, numa das cidades do Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
Bloomberg
04 de Janeiro de 2022 às 10:08
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A "lista cinzenta" de países com regimes fiscais menos cooperantes no combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo pode vir a incluir um novo membro: os Emirados Árabes Unidos (EAU). A decisão está nas mãos do Grupo de Ação Financeira (GAFI), que aponta "deficiências estratégicas" no regime fiscal dos emirados, e poderá avançar ainda no início deste ano.

Considerado o principal centro financeiro do Médio Oriente, os EAU tem estado no centro da discussão do GAFI, um organismo intergovernamental que promove políticas de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo. Segundo fontes próximas do processo, citadas pela Bloomberg, o país não terá cumprido "muitos dos limites necessários" para não ser incluído entre os países menos cooperantes a nível fiscal.

Apesar de reconhecer que houve um "impulso" recente da parte do Governo de Abu Dhabi para melhorar o combate a práticas ilícitas, o GAFI considera que os esforços foram "insuficientes" e que persistem "deficiências" no combate à lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.

O grupo com sede em Paris vai, por isso, reunir-se no final de fevereiro para decidir se os EAU devem ser incluídos na chamada "lista cinzenta", onde estão já 23 países, incluindo a Albânia, Síria e o Sudão do Sul. Esses países estão sob "escrutínio minucioso", enquanto o Irão e a Coreia integram a "lista negra".

No entanto, o diretor-geral do departamento de combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo nos EAU, Hamid Al Zaabi, garante o país está "totalmente empenhado em defender a integridade do seu sistema financeiro" e que irá "trabalhar em estreita colaboração" com o GAFI para evitar ser incluído na "lista cinzenta" e, com isso, ser "mal percecionado" junto dos investidores internacionais. 
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