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Conselho de Segurança da ONU aprova "cessar-fogo imediato" em Gaza. EUA abstêm-se

O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou um cessar-fogo em Gaza pela primeira vez desde o início do conflito, a 7 de outubro de 2022. A abstenção dos Estados Unidos permitiu que o documento passasse.

Mike Segar / Reuters
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O Conselho de Segurança das Nações Unidas passou pela primeira vez esta segunda-feira uma resolução que pede um "cessar-fogo imediato" em Gaza, depois de os Estados Unidos se terem abstido de vetar a proposta.

O texto pede ainda a libertação imediata e incondicional de todos os reféns.


O Conselho de Segurança da ONU tem estado num impasse relativamente a um acordo sobre um cessar de hostilidades na Faixa de Gaza praticamente desde o ataque do Hamas a Israel, a 7 de outubro de 2023.

A resolução foi proposta pelo representante de Moçambique, escrita por 10 membros, e passou com os votos a favor de 14 membros eleitos do Conselho. Os EUA optaram pela abstenção, ao contrário do veto a que têm recorrido nas últimas três resoluções e uma emenda a uma resolução  - o que sinaliza um crescimento de divergências face às decisões tomadas por Israel.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tinha antes ameaçado cancelar uma visita a Washington caso os EUA não exercessem o seu veto nesta votação, o que o The Guardian e a Al Jazeera estão a avançar que já aconteceu.

A decisão marca "um claro recuo em relação à posição consistente dos EUA no Conselho de Segurança desde o início da guerra" e que "dá ao Hamas a esperança de que a pressão internacional lhes permita obter um cessar-fogo sem libertar os nossos reféns", diz o comunicado divulgado pelo gabinete de Netanyahu, citado pelo jornal britânico.

A representante norte-americana na ONU, Linda Thomas-Greenfield, explicou que a abstenção se deve ao facto de os EUA não concordarem "com tudo na resolução" e que o documento podia ter chegado mais cedo caso o Hamas tivesse libertado os reféns. Apesar das tentativas por parte da delegação norte-americana a referência ao Hamas como organização terrorista acabou por não ser incluída na declaração.
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