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Bolsonaro pensa em Sérgio Moto para ministro da Justiça ou STF

O presidente eleito do Brasil considera que o trabalho de Sérgio Moro no combate à corrupção deve ser "reconhecido" e admite que o magistrado poderá integrar o seu governo como ministro da Justiça ou, em alternativa, ir para o Supremo Tribunal Federal quando surgir uma vaga.

10. Sérgio Moro
30 de Outubro de 2018 às 10:39
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Já não é uma mera hipótese. Jair Bolsonaro pensa mesmo levar o magistrado Sérgio Moro para o governo. O presidente eleito do Brasil confirmou, em entrevista à Record TV emitida na noite desta segunda-feira, que o responsável pelos processos da Operação Lava Jato em Curitiba poderá ser seu ministro da Justiça ou ir para o Supremo Tribunal Federal (STF) logo que surja uma vaga. 

O congressista eleito pelo PSL (direita radical) terá a possibilidade de, até 2021, nomear dois ministros para o STF já que, nessa altura, os ministros Celso de Mello e Marco Aurélio Mello terão de se reformar por atingirem o limite de idade de 75 anos, nota a revista Veja. 

"Agora acabou o período eleitoral, se tivesse falado isso lá atrás soaria oportunismo da minha parte. Pretendo, sim, não só para o Supremo, mas quem sabe até para o Ministério da Justiça. Pretendo conversar com ele, saber se há interesse dele nesse sentido e se houver interesse da parte dele com toda certeza ser uma pessoa de extrema importância em um governo como o nosso", disse Bolsonaro citado pela Veja.

Numa outra entrevista televisiva, desta feita à TV Globo, Bolsonaro voltou a abordar o tema considerando que o magistrado Sérgio Moro "é um símbolo do Brasil". Bolsonaro defende que o trabalho de Moro no combate à corrupção deve ser "reconhecido". 

Moro deu ontem os parabéns a Bolsonaro pela eleição como presidente do Brasil, desejando que "faça um bom governo" e que restitua a confiança dos brasileiros na política. O magistrado, responsável pela investigação, acusação e julgamento do ex-presidente Lula da Silva, chegou a ser acusado, em particular pelo PT, de politizar a Justiça brasileira ao intervir no campo político. 

O capitão do exército na reserva deixou cair a proposta que anunciou enquanto candidato à presidência do Brasil de aumentar o números de ministros (membros) do STF, uma intenção amplamente criticada pelo risco de politização do Supremo. 

Numa altura em que decorrem já negociações com vista à formação de governo, Bolsonaro confirmou também um conjunto de nomes como prováveis no seu executivo. É o caso do economista ultra-liberal Paulo Guedes, que deverá assumir um Super-Ministério da Fazenda, Economia, Indústria e Comércio, do general Augusto Heleno, que deverá assumir a Defesa, e ainda do congressista e coordenador da campanha eleitoral de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni, como ministro-chefe da Casa Civil. 


As entrevistas concedidas na segunda-feira serviram também para Bolsonaro tentar reabilitar a sua imagem mediante um discurso conciliador. "As eleições acabaram. Chega de mentira. Chega de fake news. Realmente agora estamos em uma outra época. Eu quero governar para todos (...) Não apenas para os que votaram em mim. Temos uma Constituição que tem que ser, realmente, a nossa bíblia aqui na Terra. Respeitá-la, porque só dessa maneira podemos conviver em harmonia", disse na TV Globo. 

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