A Alemanha é o país mais atractivo para a imigração, depois dos Estados Unidos da América, revelou esta quarta-feira, 21 de Maio, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). A economia germânica atraiu milhares de europeus do sul durante a severa crise da Zona Euro e ultrapassou países como o Canadá e a Austrália, revela um estudo sobre a migração permanente realizado pela organização.

"É um boom, sem exageros. Nenhum outro país da OCDE alguma vez registou este crescimento", comentou à Reuters um especialista da OCDE em migração internacional, Thomas Liebig.

O número de imigrantes permanentes na Alemanha, ou seja, que permanecem no país mais de um ano, cresceu para 400 mil, mais 38% em 2012 do que no ano anterior. A maioria destes novos imigrantes são de outros países da Europa.

As habilitações destes cidadãos que agora procuram trabalho na maior economia europeia são melhores do que nas décadas passadas e a maioria consegue emprego.  

Apesar de a maioria dos imigrantes já presentes no país serem da Europa de leste, os novos cidadãos a procurarem melhores condições na Alemanha são do sul da Europa. As economias de países como Portugal, Espanha ou Grécia, que sofreram as graves consequências da crise, não conseguiram dar respostas ao desemprego, especialmente ao desemprego jovem.