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Trump diz que teve mais votos e queixa-se de "milhões de votos ilegais"

Uma vez mais, o presidente eleito dos EUA recorreu ao Twitter para responder aos adversários: "Além de uma vitória esmagadora no colégio eleitoral, ganhei o voto popular caso se anularem as milhões de pessoas que votaram ilegalmente".

Jonathan Ernst/Reuters
27 de Novembro de 2016 às 23:44
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O presidente eleito dos EUA Donald Trump afirmou este domingo, 27 de Novembro, que, além de ter garantido em 8 de Novembro a maioria dos grandes eleitores, também venceu o sufrágio popular face à rival Hillary Clinton, referindo-se a "milhões de votos ilegais".

 

Nos últimos dias, e em plena celebração do dia Ação de Graças, acentuou-se a polémica quando a ex-candidata independente ecologista à Casa Branca, Jill Stein, decidiu exigir a recontagem dos votos nos estados do Wisconsin, Pensilvânia e Michigan.

 

Estes estados decisivos foram ganhos por curta margem pelo republicano Donald Trump. O campo de Hillary Clinton já anunciou que vai participar na recontagem dos votos em Wisconsin.

 

"Além de uma vitória esmagadora no colégio eleitoral [os grandes eleitores], ganhei o voto popular caso se anularem as milhões de pessoas que votaram ilegalmente", acusou numa mensagem 'Twitter' o futuro 45ª presidente dos Estados Unidos que em 20 de Janeiro será o novo inquilino da Casa Branca.

 

Segundo o sistema de escrutínio universal indirecto, Donald Trump venceu as presidenciais com 290 grandes eleitores contra 232 para Hillary Clinton, num total de 538 para os 50 estados norte-americanos e a capital Washington. Os 16 grandes eleitores do Michigan que deverão ser atribuídos à candidatura de Trump ainda não foram oficialmente anunciados. 

 

No sufrágio popular, o resultado eleitoral indicou que a democrata Clinton obteve mais dois milhões de votos que o republicano Trump.

 

Nos três estados onde a votação foi contestada, o presidente eleito garantiu 100.00 votos de avanço: 20.000 votos no Wisconsin, 70.000 na Pensilvânia e 10.000 no Michigan.

 

Ainda hoje, Trump e os seus conselheiros censuraram vivamente a equipa de Clinton por pretender participar na recontagem dos votos no Wisconsin. No 'Twitter', o milionário recordou à sua rival o momento da campanha em que Clinton o exortou a respeitar o resultado caso a democrata vencesse o escrutínio.

 

"Tanto tempo e tanto dinheiro que estão a despender, para um mesmo resultado!", escreveu o homem de negócios.

 

"O povo exprimiu-se e esta eleição está terminada", tinha referido no sábado, ao considerar "ridícula" a iniciativa da ecologista Jill Stein que recolheu milhões de dólares para financiar o seu pedido. Apesar de pretender participar na iniciativa, a equipa de Clinton já esclareceu que não detetou irregularidades em Wisconsin.

 

Kellyanne Conway, uma conselheira de Trump, aproveitou para denunciar uma "desconcertante recontagem" e apelou aos democratas para não serem "maus perdedores".

 

Na cadeia televisiva NBC, Conway revelou que o presidente eleito e o seu antecessor, Barack Obama, mantiveram no sábado uma conversa telefónica de 45 minutos.

 

"Da parte do presidente eleito Trump, posso dizer-vos que gosta muito de falar com o Presidente Barack Obama, evocar as questões graves com que se confronta este país e o mundo", afirmou. "Eles entendem-se bem. Estão em desacordo sobre numerosos pontos, e isso não vai mudar. Mas respeitam-se e respeitam o processo e a transição sem sobressaltos do poder".

 

Donald Trump passou o fim de semana prolongado do dia de Ação de Graças no seu luxuoso complexo de golfe na Flórida, para acertar a elaboração do seu governo, aguardando-se em particular a escolha do nome para a estratégica pasta da diplomacia.

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