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Trump diz que EUA estão em conversações com a China mas sugere que acordo não é para já

O presidente dos Estados Unidos garantiu que Washington e Pequim estão em contacto, mas sublinhou que a China precisa mais de um acordo que ponha fim à guerra comercial do que os EUA.

Reuters
19 de Agosto de 2019 às 08:01
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O presidente norte-americano Donald Trump garantiu este domingo que os Estados Unidos estão em conversações com a China, com o objetivo de resolver o conflito comercial, sugerindo, porém, que ainda não está preparado para assinar um acordo, horas depois de os seus principais conselheiros terem avançado uma possível retomada de negociações "substantivas" com Pequim.

 

No Twitter, o líder da Casa Branca escreveu que os Estados Unidos "estão a ir muito bem com a China, e em conversações".

 

No entanto, em declarações aos jornalistas, quando partia de New Jersey para Washington, Trump afirmou que a China precisa mais de um acordo comercial do que os Estados Unidos, dadas as suas condições económicas mais fracas.

 

Aos jornalistas, o presidente dos Estados Unidos disse que um acordo entre as duas potências será mais difícil se houver um desfecho violento da situação em Hong Kong, depois de ter escrito no Twitter, na semana passada, que "é claro que a China quer fazer um acordo. Deixem-nos resolver humanamente a situação de Hong Kong primeiro!".

 

Trump criticou ainda os meios de comunicação social que avançaram durante o fim de semana que o Departamento do Comércio estaria preparado para renovar a licença temporária da Huawei, permitindo à empresa chinesa continuar a comprar bens e serviços às empresas norte-americanas por mais três meses.

 

"A Huawei é uma empresa com a qual não podemos fazer negócios de forma nenhuma", afirmou Trump, chamando a empresa chinesa de "ameaça à segurança nacional"." Vamos ver o que acontece. Vou tomar uma decisão amanhã ", anunciou.

 

O conselheiro económico da Casa Branca, Larry Kudlow, disse no domingo que os recentes contactos entre os negociadores comerciais dos EUA e da China foram "positivos", sugerindo que terá havido progressos em direção a um possível acordo. O responsável adiantou ainda que estão previstas mais reuniões por teleconferência com os negociadores chineses dentro de uma semana a dez dias.

 

"Se essas reuniões se concretizarem, como esperamos que concretizem, e possamos ter uma renovação substancial das negociações, planeamos que a China venha aos EUA e se reúna com os nossos negociadores para continuar as conversações e as negociações", acrescentou Kudlow.

 

Kudlow rejeitou ainda a ideia de que a economia dos Estados Unidos esteja a caminho de uma recessão, um ponto de vista reiterado pelo líder da Casa Branca no Twitter.

"A nossa economia é de longe a melhor do mundo. O desemprego mais baixo em quase todas as categorias. Preparada para um grande crescimento depois de concluídos os acordos comerciais. Preços de importação a descer, e a China a comer tarifas. Ajudas aos agricultores afetados pelas tarifas a caminho. Grande futuro para os EUA!", escreveu Trump na rede social.

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