Os dados do Departamento Laboral dos Estados Unidos mostram que, durante o mês de Maio, a economia norte-americana criou 175 mil novos postos de trabalho, valor que superou as previsões dos economistas contactados pela agência Bloomberg (163 mil).

A evolução da taxa de desemprego também falhou as estimativas e aumentou de 7,5%, em Abril, para 7,6%, em Maio. Esta subida é explicada pelo facto do aumento da dimensão da força de trabalho ter sido superior ao aumento verificado no emprego.

O relatório divulgado esta sexta-feira indica ainda que o número de postos de trabalho aumentou

no retalho (mais 27.700, a maior subida dos últimos seus meses), na construção (mais sete mil), na educação e na saúde e caiu na actividade industrial pelo terceiro mês consecutivo.

No total, foram criados 175 mil novos postos de trabalho durante o mês de Maio. Esta é mais uma boa notícia para o mercado laboral dos Estados Unidos, que se junta à queda dos pedidos de subsídio de desemprego na semana terminada a 1 de Junho, mas poderá ainda não ser suficiente para justificar o início da retirada dos estímulos à economia.

Vincent Reinhart, economista e antigo membro da Reserva Federal, defende que apenas um crescimento sustentado do emprego (ou seja, um aumento médio de 200 mil postos de trabalho por mês durante, pelo menos, quatro meses consecutivos) pode justificar a redução dos estímulos económicos.

No primeiro trimestre de 2013, o produto interno bruto dos Estados Unidos cresceu 2,4% face ao período homólogo. As previsões dos economistas ouvidos pela agência Bloomberg apontam para um abrandamento no segundo trimestre do ano (1,6%) e para uma nova recuperação nos três meses seguintes (2,4%). 

(Notícia actualizada às 14h10)