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Maduro vence eleições na Venezuela. Portugal pede "verificação imparcial"

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela declarou esta madrugada a vitória de Nicolás Maduro nas presidenciais com mais de 51% dos votos. EUA dizem estar preocupados e a União Europeia pede transparência. Portugal pede "verificação imparcial".

29 de Julho de 2024 às 09:07
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Pouco passava da meia-noite na Venezuela quando a autoridade eleitoral nacional atribuiu a vitória ao presidente recandidato Nicolás Maduro com mais de metade dos votos, quando já estavam escrutinados 80% dos boletins de voto. O candidato que lidera a oposição, Edmundo Urrutia, arrecadou 44% dos votos.

Assim, Maduro – herdeiro de Hugo Chávez – obteve 5,15 milhões de votos (51,20%), à frente de Urrutia que conseguiu cerca de 4,5 milhões de votos (22,2%). O resultado é "irreversível" anunciou o presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Elvis Amoroso. Pouco depois, Maduro declarou vitória. "O fascismo, na terra de Bolívar e Chávez, não passará. Graças a Deus por este triunfo", foram as primeira palavras, afirmando que o sistema eleitoral é "de um nível muito elevado de confiança, segurança e transparência".

Nicolás Maduro prometeu "paz, estabilidade e justiça" para a Venezuela perante apoiantes que festejavam à porta do Palácio Presidencial, em Caracas. "Haverá paz, estabilidade e justiça. Paz e respeito pela lei. Sou um homem de paz e de diálogo", afirmou, quando a campanha e as eleições decorreram num clima de tensão, com a oposição a denunciar numerosas intimidações e detenções.

A oposição não reconhece os resultados, apontando falhas no processo eleitoral. "Os resultados são indiscutíveis", afirmou o líder da oposição numa publicação na rede social X, acreditando que "o país escolheu a mudança em paz."

Poucas horas depois, já em declarações aos jornalistas Edmundo Urrutia, disse que foram violadas as normas eleitorais e garante que não vai parar até que a vontade dos venezuelanos seja respeitada.

UE pede transparência e Portugal "verificação imparcial"

As reações do mundo ocidental são de desconfiança perante os resultados anunciados na madrugada desta segunda-feira.

Numa publicação na rede social X, o alto representante da União Europeia para a diplomacia, Josep Borrell pediu transparência em todo o processo, "incluindo a contagem detalhada dos votos e o acesso às atas de votação."

Já o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, manifestou fortes preocupações com as consequências dos resultados eleitorais.

"Temos sérias preocupações que os resultados anunciados não refletem a vontade ou votos do povo venezuelanos. A comunidade internacional está atenta e segue o que se passa, agindo de forma responsável", afirmou Antony Blinken, à margem de uma reunião em Tóquio.

Também através das redes sociais, Portugal reagiu, pedindo "verificação imparcial dos resultados". Na rede social X, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, tutelado por Paulo Rangel, disse ainda estar a acompanhar a comunidade portuguesa na Venezuela.

(Notícia atualizada às 09:30 com reação de Portugal)

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