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Maduro acusa Presidente da Colombia de o tentar matar. Juan Manuel Santos nega

O Presidente da Venezuela acusa a extrema-direita e o seu homólogo pelo alegado atentado contra a sua vida no sábado. Duas explosões, aparentemente provocadas por um drone, interromperam a celebração do aniversário da polícia militar.

05 de Agosto de 2018 às 10:28
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O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou o seu homólogo colombiano, Juan Manuel Santos, de ter ordenado o alegado ataque de que foi alvo este sábado, que provocou sete feridos.

"Tudo aponta para a extrema-direita venezuelana, em aliança com a extrema-direita colombiana e tenho a certeza que Juan Manuel Santos está por detrás deste atentado", denunciou Maduro, durante um transmissão televisiva ao país este sábado, desde o palácio presidencial de Miraflores.

O Presidente da Venezuela explicou que o seu homólogo colombiano, Juan Manuel Santos, vai abandonar a presidência do país, no dia 7 de agosto e que não podia deixar o poder "sem fazer dano" ao seu país. "Tratou-se de um atentado para me matar. No dia de hoje (sábado) tentaram assassinar-me. As investigações apontam a Bogotá", disse.

A Presidência colombiana nega. "Isso não tem base, o presidente está empenhado no batismo da sua neta Celeste, e não em derrubar governos estrangeiros", disse uma fonte da presidência colombiana aos jornalistas, este sábado.

Alegado atentado provocado por um drone

Duas explosões, aparentemente provocadas por um drone [avião não tripulado], obrigaram hoje o Presidente da Venezuela a abandonar rapidamente uma cerimónia de celebração do 81.º aniversário da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar).

O ato, que decorria na Avenida Bolívar de Caracas (centro), estava a ser transmitida em simultâneo e de maneira obrigatória pelas rádios e televisões venezuelanas e no momento em que Nicolás Maduro anuncia que tinha chegado a hora da recuperação económica ouviu-se uma das explosões, que fez inclusive vibrar a câmara que focava o chefe de Estado.

Nesse instante, a mulher do Presidente venezuelano, Cília Flores, e o próprio chefe de Estado olharam para cima. Antes da televisão venezuelana suspender a transmissão foi possível ainda ver, o momento em que militares rompiam a formação.

"As investigações estão muito avançadas" e já "foram capturados parte dos autores materiais do atentado e capturada parte da evidência [drone]", afirmou o Presidente venezuelano.

Por outro lado disse esperar que o Presidente norte-americano, Donald Trump, entre outros, colaborem com a Venezuela, porque, segundo Maduro, as primeiras investigações indicam que vários dos responsáveis intelectuais e financeiros do atentado vivem na Florida. 
"Espero ter a colaboração dos Governos do continente, onde estão parte destes redutos da extrema-direita fascista", frisou.

Soldados de Flanelas reivindicam atentado
O Movimento Soldados de Flanelas (MSF) reivindicou o alegado atentado este sábado contra o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que provocou sete feridos.

"A operação era voar dois drones (aviões não tripulados), carregados com C4 (explosivos). O objetivo era o palco presidencial. Os atiradores da guarda de honra (encarregada da segurança presidencial) derrubaram os drones antes de chegar ao objetivo", lê-se na página Twitter uma mensagem do Twitter. "Hoje não conseguimos, mas é uma questão de tempo", considerou o MSF.


O atentado demonstrou que o Governo de Nicolás Maduro "é vulnerável", acrescentou o grupo. 
O MSF é um grupo subversivo criado em 2014 e que pretende agrupar todos os "grupos de resistência" venezuelanos, para fazer uma "efetiva luta contra a ditadura, com organização e convicção".

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