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Lula da Silva evoluiu bem da cirurgia, está consciente e sob observação

Lula da Silva, de 79 anos, foi submetido a uma cirurgia de emergência para drenar um hematoma na cabeça, que surgiu na sequência de uma queda que sofreu no Palácio da Alvorada, sua residência oficial, no mês de outubro.

Desde que regressou ao poder, Lula da Silva lançou um novo planos de reindustrialização verde, no qual o hidrogénio deve substituir o gás.
Adriano Machado/Reuters
10 de Dezembro de 2024 às 18:50
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O Presidente brasileiro, Lula da Silva, evoluiu bem da cirurgia, não tem sequelas, conversou e alimentou-se normalmente, mas ficará em observação no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, disseram os médicos numa conferência de imprensa.

"O Presidente evoluiu bem, já chegou da cirurgia praticamente acordado, foi extubado [retirada de um tubo respiratório] e encontra-se agora estável, conversando normalmente, se alimentando e deverá ficar em observação nos próximos dias", afirmou o médico Roberto Kalil.

Lula da Silva, de 79 anos, fez uma cirurgia de emergência na madrugada de hoje para drenar um hematoma na cabeça, que surgiu na sequência de uma queda que sofreu no Palácio da Alvorada, sua residência oficial, no mês de outubro.

Após sentir dores de cabeça na segunda-feira, o Presidente brasileiro foi até à unidade de Brasília do Hospital Sírio-Libanês para realizar exames e, nessa altura, foi detetado que tinha uma hemorragia intracraniana.

Kalil reforçou que, após esses exames, a equipa médica que acompanha Lula da Silva decidiu, em conjunto, transferi-lo para São Paulo para fazer a intervenção cirúrgica e, durante todo o percurso aéreo, o Presidente brasileiro esteve lúcido, orientado e conversando da mesma forma como se encontra agora.

Já o médico Rogério Tuma, também da equipa do Sírio-Libanês, detalhou o quadro de saúde do chefe de Estado brasileiro relatando que ele tinha um sangramento entre o cérebro e a membrana dura-máter.

"O sangramento estava situado entre o cérebro e a membrana meníngea chamada dura-máter. Ele comprimia o cérebro e foi removido. O cérebro está descomprimido. E ele [Lula da Silva] está com as funções neurológicas preservadas", afirmou Tuma. 

O mesmo médico esclareceu a relação entre a cirurgia desta madrugada e o acidente doméstico que Lula da Silva sofreu em outubro. Ele disse que aquela queda causou uma contusão cerebral e, na fase de absorção, o sangramento pode ter ficado mais liquefeito, ou seja, absorveu mais água, o que provavelmente provocou um sangramento tardio. 

"Isso pode acontecer meses depois. Ele já tinha absorvido o primeiro sangramento e aí acabou tendo um segundo, provavelmente consequente à queda", disse Tuma.

"Como o Presidente foi bem acompanhado, fizemos exames de rotina e conseguimos ver a evolução toda do hematoma diminuindo. Quando ele começou a ter a queixa de dor de cabeça, ontem, acabamos repetindo a tomografia, comparámos com o exame anterior e percebemos que o hematoma aumentou", acrescentou.

Desde o acidente doméstico, em outubro, o Presidente brasileiro foi, por diversas vezes, à unidade de Brasília do Hospital Sírio-Libanês, tendo sido também aconselhado a evitar viagens aéreas de longa distância, que só pôde retomar em novembro.

Kalil detalhou que Lula da Silva foi submetido a um procedimento chamado trepanação, que consiste na realização de pequenas perfurações no crânio para introduzir um instrumento chamado trépano e fazer a descompressão craniana.

"Foi um procedimento relativamente padrão em neurocirurgia", disse Kalil.

O médico acrescentou que Lula da Silva deve ficar mais 48 horas na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) em observação. A previsão é de que o Presidente brasileiro esteja em Brasília na próxima semana.

 

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