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Brasil: PSDB é o partido que mais cresce. PT sofre pesada derrota
O PMDB de Michel Temer é o partido que continua a deter o poder em mais municípios do país. O Rio de Janeiro ficou pela primeira vez nas mãos de um envagélico, ex-bispo da Igreja Universal do Reino de Deus.
Os partidos que apoiaram o impeachment de Dilma Rousseff e que formam a base de apoio ao governo de Michel Temer vão ficar à frente de prefeituras que representam 81% do eleitorado do Brasil. As contas são da revista Veja e têm por base os resultados das eleições municipais, que tiveram neste domingo, 30 de Outubro, a sua segunda volta.
Para o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, a ampla vitória de partidos da base aliada legitima o Governo do presidente Michel Temer e "sepulta" a tese do golpe. "Essa eleição sepulta qualquer tipo de contestação, seja sob o ponto de vista institucional, de legitimidade, ou de programa de governo", afirmou, citado pela imprensa brasileira. Na opinião de Padilha, as eleições municipais podem ser entendidas também como uma aprovação ao governo federal. "Onde mora o cidadão? É no município. A sociedade, ao votar maciçamente nos candidatos do governo, está mostrando que apoia as iniciativas que foram tomadas", argumentou.
Em comparação com as eleições de 2012 (ver tabela abaixo, publicada pelo portal Globo), o maior crescimento, de 15,5%, vai para o PSDB. O partido fundado por Fernando Henrique Cardoso passará, assim, a governar 803 cidades. Com um crescimento residual de 1,6%, o PMDB do presidente Temer continua, porém, a ser o partido que controla o maior número de prefeituras no país: 1.038.
O Partido dos Trabalhadores (PT), em trajectória descendente desde 2008, tem a maior queda de representação, ao perder quase dois terços dos municípios que ganhara em 2012. O partido fundado pelo ex-presidente Lula da Silva, agora réu em três processos movidos pelo Ministério Público, governava cidades onde viviam 27 milhões de eleitores e passa agora a liderar prefeituras que totalizam apenas 4,36 milhões.
Rio de Janeiro elege evangélico
Estas eleições marcam ainda uma nova etapa na influência das igrejas evangélicas que, tendo já uma presença assinalável no Congresso, passam agora a controlar o executivo do município do Rio de Janeiro, após a vitória do senador Marcelo Crivella (PRB) nesta segunda volta. O ex-bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, a terceira com mais fiéis do Brasil, fundada pelo seu tio Edir Macedo, que controla a segunda maior rede de TV do país, a Record, derrotou Marcelo Freixo, do PSOL, após uma chamada às urnas em que a abstenção atingiu máximos.
"No Rio, a abstenção [1.314.950 "votos"] ficou à frente do Freixo [1.163.662], só perdeu para o Crivella [1.700.030]. Isso é assustador e bastante simbólico. Indica que o eleitorado do Rio queria uma opção que não fosse tão da extrema-esquerda, nem tão da extrema-direita. Queriam alguém mais centralizado. Não tiveram e, por isso, se abstiveram", analisa Murilo Aragão, cientista político da Arko Advice, em declarações à revista brasileira Exame.
(notícia actualizada às 15h30)
Para o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, a ampla vitória de partidos da base aliada legitima o Governo do presidente Michel Temer e "sepulta" a tese do golpe. "Essa eleição sepulta qualquer tipo de contestação, seja sob o ponto de vista institucional, de legitimidade, ou de programa de governo", afirmou, citado pela imprensa brasileira. Na opinião de Padilha, as eleições municipais podem ser entendidas também como uma aprovação ao governo federal. "Onde mora o cidadão? É no município. A sociedade, ao votar maciçamente nos candidatos do governo, está mostrando que apoia as iniciativas que foram tomadas", argumentou.
O Partido dos Trabalhadores (PT), em trajectória descendente desde 2008, tem a maior queda de representação, ao perder quase dois terços dos municípios que ganhara em 2012. O partido fundado pelo ex-presidente Lula da Silva, agora réu em três processos movidos pelo Ministério Público, governava cidades onde viviam 27 milhões de eleitores e passa agora a liderar prefeituras que totalizam apenas 4,36 milhões.
Rio de Janeiro elege evangélico
Estas eleições marcam ainda uma nova etapa na influência das igrejas evangélicas que, tendo já uma presença assinalável no Congresso, passam agora a controlar o executivo do município do Rio de Janeiro, após a vitória do senador Marcelo Crivella (PRB) nesta segunda volta. O ex-bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, a terceira com mais fiéis do Brasil, fundada pelo seu tio Edir Macedo, que controla a segunda maior rede de TV do país, a Record, derrotou Marcelo Freixo, do PSOL, após uma chamada às urnas em que a abstenção atingiu máximos.
"No Rio, a abstenção [1.314.950 "votos"] ficou à frente do Freixo [1.163.662], só perdeu para o Crivella [1.700.030]. Isso é assustador e bastante simbólico. Indica que o eleitorado do Rio queria uma opção que não fosse tão da extrema-esquerda, nem tão da extrema-direita. Queriam alguém mais centralizado. Não tiveram e, por isso, se abstiveram", analisa Murilo Aragão, cientista político da Arko Advice, em declarações à revista brasileira Exame.
(notícia actualizada às 15h30)