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Actividade económica no Brasil cai pelo nono mês consecutivo

O índice que mede a actividade dos serviços, agricultura e indústria no Brasil desceu, em Novembro, pelo nono mês consecutivo. Em termos homólogos, a actividade económica afundou mais de 6%.

Reuters
Negócios 15 de Janeiro de 2016 às 13:03
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A actividade económica no Brasil abrandou em Novembro pelo nono mês consecutivo, numa altura em que o país se vê mergulhado numa das maiores recessões das últimas décadas. Ainda assim, o declínio foi menor do que o esperado pelos analistas, devido ao aumento das vendas a retalho.

 

Segundo os dados divulgados esta sexta-feira, 15 de Janeiro, pelo banco central do Brasil, o índice de actividade económica IBC-Br, que mede a evolução da agricultura, indústria e serviços, desceu 0,52% em Novembro, face ao mês anterior. Os analistas consultados pela Reuters antecipavam uma quebra de 1%. Face ao mesmo mês de 2014, a actividade económica caiu 6,14%.

 

De acordo com as estimativas recolhidas pela agência noticiosa, a economia brasileira deverá contrair 2,8% em 2016, depois de uma contracção estimada de 3,7% em 2015. Só a Venezuela tem perspectivas mais negativas na pesquisa global, que cobriu todos os países do G20 e algumas economias mais pequenas.

 

Os analistas consideram que a inesperada recuperação das vendas a retalho em Novembro pode estar relacionada com uma antecipação das compras de Natal, devido aos descontos da "Black Friday" e da "Cyber Monday".

  

"É provável que o índice IBC-Br mantenha a sua tendência negativa, sem sinais de recuperação", referem economistas da MCM Consultores citados pela Reuters.

 

A economia do Brasil afundou em 2015 depois de a presidente Dilma Rousseff e o banco central terem aumentado os impostos, cortado os investimentos e subido as taxas de juro para manter a inflação e o défice público sob controlo.

 

A confiança dos consumidores e dos empresários afundou e os preços continuaram a subir muito acima da meta oficial. A taxa de inflação no Brasil chegou aos 10,67% em 2015, a mais elevada desde 2002.

 

A recessão económica já custou mais de um milhão de empregos. A taxa de desemprego do Brasil subiu para 9% nos três meses até Outubro.

 

 

 

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