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Economia do Brasil teve pior ano em pelo menos duas décadas (act.)

O último trimestre de 2015 foi o quarto consecutivo de quedas em cadeia para a economia brasileira, anunciou esta quinta-feira o instituto estatístico nacional.

Reuters
03 de Março de 2016 às 13:17
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O produto interno bruto brasileiro (PIB) caiu 3,8% no ano passado em termos homólogos, a maior queda pelo menos desde 1996, penalizada pela evolução no sector da indústria e dos serviços e apesar do crescimento da agro-pecuária.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que deu a conhecer os dados esta quinta-feira, 3 de Março, o último trimestre do ano foi o quarto consecutivo de quedas em cadeia, encerrando com uma variação negativa de 1,4% face ao trimestre precedente.

O valor saiu pior do que o previsto pelo Banco Central no final de 2015, que apontava para uma cedência de 3,6% e previa que a situação difícil no país - que já foi considerada a pior recessão em mais de 100 anos - vai continuar durante 2016.

Na comparação com o mesmo período de 2014, o recuo da economia nos três últimos meses do ano foi ainda maior – de -5,9% - que é também a maior desde que a série foi iniciada, há 20 anos.

Em todo o ano passado, a economia brasileira criou 5,9 biliões de reais (1,4 biliões de euros) em riqueza no ano passado e o PIB per capita ficou nos 6.887 euros.

O consumo das famílias caiu 4%, impactado pela degradação da "inflação, juros, crédito, emprego e rendimentos". As exportações de bens e serviços cresceram 6,1% e as importações caíram 14,3%.

O valor acrescentado bruto caiu 3,3% e os impostos sobre produtos líquidos de subsídios afundaram 7,3% devido à redução de receita arrecadada em taxas de importação e do imposto sobre produtos industrializados.

A actividade de construção e a indústria de transformação foram as que se evidenciaram de forma mais negativa dentro da componente industrial, enquanto a extracção de matérias-primas (como petróleo, gás e minérios ferrosos) se destacou com o maior crescimento.

A melhoria da actividade na agricultura e pecuária ficou a dever-se ao contributo positivo das culturas de soja e milho, apesar da queda do trigo e café. Já o comércio e o transporte penalizaram o desempenho do sector dos serviços.


(notícia actualizada às 13:37 com mais informação)

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