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Cabo Verde vende maioria da sua companhia aérea a islandeses

A Loftleidir Icelandic vai passar a deter 51% do capital dos TACV. O Governo cabo-verdiano lembra que assumiu como uma das suas prioridades a privatização da companhia aérea.

Carlos Pinto/Correio da Manhã
01 de Março de 2019 às 19:44
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O Governo cabo-verdiano formaliza esta sexta-feira, 1 de Março,  a privatização dos Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV), através da venda de 51% das ações à Lotfleidir Cabo Verde, empresa detida em 70% pela Loftleidir Icelandic EHF e em 30% por empresários islandeses.

Em comunicado divulgado esta quarta-feira, o executivo cabo-verdiano recordou que a privatização dos TACV foi assumida "como uma das prioridades do atual Governo da República de Cabo Verde".

"Diante da já conhecida situação financeira deficitária da companhia aérea de bandeira nacional há anos, e visando colocá-la em boas condições para a sua privatização, o Governo decidiu avançar com um ambicioso programa de reestruturação da empresa em maio de 2017", lia-se no comunicado.

O documento adianta que em agosto desse ano "deu-se início a uma parceria entre o Estado de Cabo Verde e o Grupo Icelandair, um grupo com experiência internacional reconhecida e com ‘know-how’ em matéria de aviação comercial".

"Outra grande vantagem da parceria estabelecida com o Grupo Icelandair passa pelo facto de este ter montado o ‘hub’ aéreo da Islândia, tendo este se tornado a plataforma de distribuição de passageiros e cargas entre o norte da Europa e os Estados Unidos da América", prossegue o comunicado.

Em 27 de julho do ano passado, "a Loftleidir Icelandic submeteu ao Governo de Cabo Verde uma proposta vinculativa para a aquisição de 51% das ações dos TACV, tendo posteriormente proposto utilizar como veículo de aquisição da referida participação a sua participada, a Loftleidir Cabo Verde, algo que mereceu a não objeção do Governo".

"A Loftleidir Cabo Verde é uma empresa detida em 70% pela Loftleidir Icelandic EHF e em 30% por empresários islandeses com experiência no setor da aviação", adiantou o executivo.

Para o Governo cabo-verdiano, a assinatura do contrato de compra e venda de 51% das ações é "um momento histórico para Cabo Verde que assegura a continuidade" da "companhia de bandeira e, certamente, um importante passo para a materialização do ‘hub’ aéreo que estará baseado na ilha do Sal".

"O país terá um maior número de conexões aéreas com o mundo para suportar o desenvolvimento do turismo, bem como uma maior proximidade entre Cabo Verde e a nossa comunidade de emigrantes", lê-se no comunicado.

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