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Sonangol inicou processo para privatização de empresas em que detém ativos

A Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) anunciou o lançamento do concurso público para "a alienação dos interesses participativos" que detém em sete empresas, todas no setor turístico.

Simon Dawson/Bloomberg
30 de Janeiro de 2020 às 22:23
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Numa nota enviada à imprensa, a empresa tornou público que, "no âmbito do Programa de Reestruturação e na sequência da aprovação pelo executivo do Programa de Privatizações (ProPriv), decorreu, de 20 de dezembro de 2019 a 30 de janeiro de 2020, o lançamento do concurso público para a alienação dos interesses participativos" em várias empresas.

Atlântida Viagens e Turismo Lisboa, Atlântida Viagens Luanda, WTA International, WTA Travel Agency Luanda, WTA Paris, WTA/ Houston Express e ITSS International Travel Services and Systems são as sete empresas incluídas neste concurso, sendo que todas se dedicam "à atividade de viagens e turismo e têm sedes em Angola, Portugal, Estados Unidos da América e França", acrescenta o comunicado.

Na nota, a Sonangol acrescentou que irá, em breve, lançar os concursos públicos referentes "aos seus interesses participativos" nas empresas Sonaid - Serviços de Apoio à Perfuração, Sonasurf Internacional e Sonasurf Angola (operação e gestão de navios de suporte à atividade petrolífera), e Founton (gestão imobiliária), bem como no hotel Suíte, em Maianga.

No âmbito do Programa de Privatizações (ProPriv), que lista 195 empresas públicas para privatizar até 2022, a Sonangol deve alienar cerca de 70 ativos, sendo que pelo menos 50 estão sob o controlo direto da administração da petrolífera.

A empresa enfrenta ainda um programa de reestruturação, através do qual adquiriu recentemente uma participação de 25% da brasileira Oi na angolana Unitel por 900 milhões de euros.

Esta medida permitiu, de acordo com a administração da empresa, "a estabilização e a normalização das atividades da Multitel e da Unitel", sendo que a Sonangol passa agora a deter 50% desta última.

Da mesma forma, o secretário de Estado dos Petróleos de Angola, José Alexandre Barroso, defendeu que a aquisição das ações na Unitel se deveu a "uma preocupação" que a Sonangol tem com a sua própria melhoria, acrescentando que a operadora de telecomunicações, onde a empresária angolana Isabel dos Santos detém 25%, é "muito importante para Angola".

A Unitel contava com quatro acionistas com partes iguais (25%): PT Ventures (Oi), Sonangol, Vidatel (controlada por Isabel dos Santos) e a Geni (do general Leopoldino Fragoso do Nascimento).
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