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Presidente angolano contrata Rothschild para criar fundo de investimento
Adjudicação direta dos serviços da Rothschild vai custar 480 mil euros ao Estado angolano.
O Presidente angolano, João Lourenço, autorizou, por ajuste direto, a contratação do grupo Rotschild & Co., por 480 mil euros, para apoiar a criação de um fundo vocacionado para o investimento direto estrangeiro e financiamento de projetos específicos.
O despacho presidencial, datado de 06 de janeiro, aponta a "necessidade de aquisição de serviços de consultoria financeira internacional para a assistência na criação de um Fundo de Captação de Investimento Direto Estrangeiro e financiamento de projetos específicos", delegando competências do procedimento de contratação à ministra das Finanças.
"O Ministério das Finanças é autorizado a inscrever o projeto no Programa de Investimento Público (PIP) e assegurar a disponibilidade dos recursos financeiros necessários à boa execução do contrato", acrescenta o documento.
No ano passado, o presidente do Grupo Rothschild e do banco com o mesmo nome, Thibaud Foucarde, anunciou a intenção de abrir um escritório em Luanda e fazer investimentos no país durante um encontro com o Presidente angolano, João Lourenço, em Paris.
A reunião ocorreu um dia antes da realização da Cimeira África-França sobre o financiamento das economias africanas, uma iniciativa do Governo francês com o envolvimento da União Africana, em 18 de maio de 2021.
Na ocasião, Thibaud Foucarde destacou que a ideia de investir em Angola passa por ajudar a criar mais postos de trabalho e proporcionar mais prosperidade ao país, exaltando as reformas em curso, segundo noticiou o Jornal de Angola.
Citado pelo diário angolano, Thibaud Foucarde disse que o seu grupo tem experiência em trabalhar em vários países e que queria instalar-se também em Angola, com o intuito de ajudar em várias matérias
Num outro despacho presidencial, também datado de 6 de janeiro, João Lourenço aprovou o acordo de financiamento a celebrar entre a República de Angola, representada pelo Ministério das Finanças, e a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), no valor global de 200 milhões de euros, para apoio orçamental dirigido aos programas de diversificação económica de Angola e melhoria de políticas.