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PJ vasculha Câmara de Braga e detém um técnico
A Polícia Judiciária (PJ) está neste momento na Câmara Municipal de Braga a verificar documentação e ficheiros informáticos do município, tendo detido um técnico para interrogatório, confirmou ao Negócios fonte oficial da autarquia.
A Polícia Judiciária tem visitado regularmente a Câmara Municipal de Braga, onde tem mantido reuniões com colaborados da autarquia, no âmbito de uma série de processos que estão a ser investigados pelo Ministério Público. Mas nunca tinha realizado buscas, apreensões ou detenções. Até esta terça-feira.
O Negócios confirmou junto de fonte oficial da Câmara de Braga que a PJ está neste momento a vasculhar as instalações da autarquia, passando a pente fino documentação e ficheiros informáticos, tendo já detido, pelo menos, um técnico camarário, para interrogatório. A mesma fonte não quis revelar mais informações, adiando para "mais tarde esclarecimentos formais sobre este assunto".
Em Março passado, aquando de mais uma visita da PJ à Câmara de Braga, o actual presidente da autarquia avançou que entre os processos em investigação pelo ministério Público estavam a expropriação da Casa das Convertidas, uma Parceria Publico Privada (PPP), a concessão do estacionamento à superfície e a queda de um muro que em 2014 matou três estudantes.
Na altura, em declarações à Agência Lusa, Ricardo Rio garantiu que "não houve buscas, nem apreensões nem nada do género, mas coisas normais", sendo que, "quando há investigações em curso é natural que sejam solicitadas e recolhidas informações".
Rio lembrou que estão a decorrer investigações a vários "dossiês" envolvendo a autarquia, nomeadamente a "casos" que envolvem o anterior executivo de maioria socialista mas também um decorrente de uma denúncia do actual líder socialista da oposição, Hugo Pires.
"São casos abertos pelo Ministério Público, como o das Convertidas e da queda do muro que vitimou estudantes da Universidade do Minho, outros que resultaram a auditoria feita por este executivo no início do mandato, como o da concessão do estacionamento à superfície, a PPP, o perdão de uma dívida ao Sporting Clube de Braga ou as próprias piscinas olímpicas", referiu o autarca.
Além dos referidos processos, Rio confirmou que têm sido pedidas informações sobre uma investigação resultante da denúncia de Hugo Pires contra a actual maioria. "Há ainda a questão da denúncia do PS no âmbito do dossiê do túnel da Avenida, relativamente a um acordo entre a autarquia e a Britalar quanto ao pagamento de obras a mais", detalhou.
(notícia actualizada às 13h40 com mais informação)