Notícia
PGR diz que não se sente "responsável" pela demissão de António Costa
A procuradora-geral da Repúplica, Lucília Gago, quebrou o silêncio e assegurou que não se sente responsável pela crise política. Quanto à ida a Belém, diz que foi solicitada pelo Presidente da República. E justifica o parágrafo sobre a investigação autónoma ao primeiro-ministro com o dever de "transparência".
A carregar o vídeo ...
A procuradora-geral da República não se sente responsável pela demissão de António Costa no âmbito da Operação Influencer. "Não me sinto responsável por coisa nenhuma", disse Lucília Gago, esta quarta-feira, à margem de uma conferência em que participava quando foi questionada pelos jornalistas sobre a atual situação de crise política que levou à demissão do primeiro-ministro.
"A PGR e o Ministério Público investigam o que devem investigar", acrescentou, preferindo não entrar em detalhes do processo de investigação em curso. "O que resulta da lei é que [PGR] deve investigar", reforçou.
Lucília Gago assumiu a responsabilidade da decisão de incluir o último parágrafo do célebre comunicado da Procuradoria Geral da República sobre a Operação Influencer, que referia que António Costa estava a ser investigado criminalmente num processo autónomo pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Foi precisamente este parágrafo que levou o Presidente da República a aceitar o pedido de demissão de António Costa e a convocar eleições antecipadas para 10 de março de 2024.
Questionada sobre os motivos que a levaram a escrever o parágrafo, explicou que foi pela "necessidade da transperência". "O parágrafo diz com transparência aquilo que estava em causa no contexto da investigação que está em curso", apontou.
Além disso, Lucília Gago justificou a sua decisão "sob pena de não constando do comunicado se pudesse afirmar que se estava indevidamente a ocultar-se um segmento da maior relevância".
Sobre a ida a Belém, no dia em que estavam a ser realizadas buscas a vários gabinetes e residências, confirmou que "foi solicitada pelo Presidente da República". Questionada sobre se a solicitação de Marcelo Rebelo de Sousa tinha sido a pedido de António Costa, como foi noticiado pelo Expresso, a PGR disse que não ia fazer comentários sobre o que foi falado à porta fechada nesse encontro.
(Notícia atualizada às 12h24)
"A PGR e o Ministério Público investigam o que devem investigar", acrescentou, preferindo não entrar em detalhes do processo de investigação em curso. "O que resulta da lei é que [PGR] deve investigar", reforçou.
Questionada sobre os motivos que a levaram a escrever o parágrafo, explicou que foi pela "necessidade da transperência". "O parágrafo diz com transparência aquilo que estava em causa no contexto da investigação que está em curso", apontou.
Além disso, Lucília Gago justificou a sua decisão "sob pena de não constando do comunicado se pudesse afirmar que se estava indevidamente a ocultar-se um segmento da maior relevância".
Sobre a ida a Belém, no dia em que estavam a ser realizadas buscas a vários gabinetes e residências, confirmou que "foi solicitada pelo Presidente da República". Questionada sobre se a solicitação de Marcelo Rebelo de Sousa tinha sido a pedido de António Costa, como foi noticiado pelo Expresso, a PGR disse que não ia fazer comentários sobre o que foi falado à porta fechada nesse encontro.
(Notícia atualizada às 12h24)