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Paulo Gonçalves e Benfica acusados no processo e-toupeira

De acordo com a PGDL, em causa estarão crimes de corrupção, recebimento indevido de vantagem, favorecimento pessoal e falsidade informática.

04 de Setembro de 2018 às 19:21
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O Sport Lisboa e Benfica e o assessor jurídico da sua SAD, Paulo Gonçalves, foram esta terça-feira acusados de crimes de corrupção no âmbito do processo e-toupeira. De acordo com o site da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL), o Ministério Público "requereu o julgamento em tribunal colectivo por factos apurados no âmbito do inquérito referente aos acessos ao sistema CITIUS".

No processo estão envolvidos quatro arguidos, entre eles dois funcionários judiciais (sendo que um será observador de arbitragem), um colaborador de sociedade anónima desportiva - Paulo Gonçalves - e uma pessoa colectiva - o Sport Lisboa e Benfica.

Em causa estarão os crimes de corrupção activa e passiva, a oferta ou recebimento indevido de vantagem, peculato, acesso indevido, violação do dever de sigilo e falsidade informática.

De acordo com a PGDL, "ficou suficientemente indiciado que os arguidos com a qualidade de funcionários de justiça, pelo menos desde Março de 2017, acederam a processos-crime pendentes no DIAP de Lisboa e do Porto e em outros tribunais, transmitindo as informações relevantes ao arguido colaborador da SAD, fazendo-o de acordo com a solicitação do mesmo e em benefício da mesma sociedade".

O documento indica ainda que "tais processos tinham por objecto investigações da área do futebol ou de pessoas relacionadas com este meio, ou de clubes adversários, seus administradores ou colaboradores".

A entidade refere que estas pesquisas "foram efectuadas fraudulentamente com a utilização de credenciais de terceiros, sem o seu conhecimento ou consentimento, por forma a obterem acessos encobertos, não detectáveis" e que tais informações "foram obtidas ilicitamente tendo como contrapartida benefícios indevidos para os funcionários e vantagens ilícitas no interesse da respectiva SAD".

A PGDL refere também que as condutas "ocorreram designadamente, durante as épocas desportivas 2016/2017 e 2017/2018" e que, "com estes comportamentos os arguidos puseram em risco a integridade do sistema informático da justiça, a probidade das funções públicas, os interesses da verdade e da lealdade desportiva e a integridade das investigações criminais".

A investigação está a ser dirigida pelo Ministério Público da secção distrital do DIAP de Lisboa, em colaboração com a Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária. Os mesmos informam que um dos arguidos está em prisão preventiva - em causa, o técnico de informática do Instituto de Gestão Financeira, José Silva.
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