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Operação Maestro: Júlio Magalhães suspende funções na TVI
O jornalista comunicou à empresa a sua indisponibilidade para se apresentar ao trabalho depois de ter sido envolvido numa operação judicial que investiga ganhos ilícitos com fundos comunitários
O jornalista Júlio Magalhães, que esta terça-feira, 19 de março, foi envolvido numa operação judicial, comunicou à TVI a sua "indisponibilidade para se apresentar ao trabalho" tendo suspendido "voluntariamente" as tarefas de apresentação de noticiários que lhe estavam atribuídas, segundo um comunicado.
Na nota, enviada pela TVI, o canal disse que "o jornalista Júlio Magalhães é uma das pessoas envolvidas na Operação Maestro, como foi amplamente divulgado na comunicação social e noticiado na TVI".
Assim, "na sequência dos acontecimentos que envolveram várias ações de buscas, entre as quais à sua residência, Júlio Magalhães comunicou à empresa a sua indisponibilidade para se apresentar ao trabalho e suspendeu voluntariamente as tarefas de apresentação de noticiários que lhe estavam atribuídas".
De acordo com o canal "é entendimento mútuo que essa situação se deverá manter até esclarecimento complementar dos factos aludidos na Operação Maestro".
"A TVI pautará a sua conduta pelo respeito que lhe merece o jornalista, em obediência, também, ao princípio da presunção de inocência a que todos os cidadãos têm direito", rematou.
A Polícia Judiciária (PJ) refere que as 78 buscas realizadas hoje na Operação Maestro visam projetos cofinanciados por fundos comunitários, que terão permitido aos suspeitos ganhos ilícitos de quase 39 milhões de euros, entre 2015 e 2023.
Em comunicado, a PJ, explica que, "através dos 14 projetos cofinanciados pelo FEDER [Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional], executados entre 2015 e 2023, os suspeitos lograram obter, até ao momento, o pagamento de incentivos no valor global de, pelo menos, 38.938.631,46 euros".
Fonte judicial disse anteriormente à agência Lusa que entre os vários suspeitos estão o empresário portuense Manuel Serrão e o jornalista Júlio Magalhães, que a Lusa tentou contactar, mas sem sucesso.