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Ministra da Justiça defende papel fulcral da PJ na prevenção do crime de fogo posto

A ministra da Justiça considerou hoje que a Polícia Judiciária deve ter um papel central na discussão sobre a prevenção dos crimes de fogo posto, ajudando o país na "tarefa hercúlea" para evitar que a tragédia dos incêndios florestais se repita.

Miguel Baltazar
20 de Outubro de 2017 às 12:32
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"A Polícia Judiciária (...) tem um conhecimento aprofundado da malha territorial, dos interesses económicos associáveis à actividade do fogo; tem um trabalho único de composição do perfil sócio psicológico do incendiário. Está hoje bem posicionada para assumir um papel central nos debates sobre o futuro que queremos ter, colocando esse conhecimento ao serviço da prevenção", disse hoje Francisca Van Dunem na cerimónia comemorativa dos 72 anos da PJ.

A propósito dos milhares de incêndios florestais que deflagraram este verão, a ministra defendeu que Portugal tem "uma tarefa hercúlea de reconstrução e de criação de padrões de comportamento e acção que cristalizem a irrepetibilidade da tragédia".

No campo da investigação criminal, Van Dunem apontou que à PJ compete "investigar exaustivamente as causas dos fogos, sempre que existam suspeitas de origem criminosa, esclarecendo-as sem margem para dúvidas e assim contribuindo para paz pública, que se realiza pela individualização dos responsáveis ou pelo afastamento da suspeita de crime". 

A ministra aproveitou a oportunidade para lembrar que, nestes seus dois anos de mandato, conseguiu regulamentar e instalar a Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime (UNC3T) e configurou o Ponto Único de Contacto (PUC) de cooperação policial internacional, assegurando "a concretização por Portugal, de um passo decisivo no quadro da estratégia comum europeia de combate ao crime grave e organizado, com particular enfoque no terrorismo".

Van Dunem disse ainda que estão em curso vários procedimentos de apetrechamento tecnológico da PJ, ressalvando que "há desafios novos na prevenção e na repressão que demandam ainda mais capacitação de recursos humanos, investimento em tecnologias e equipamentos" e que é "tempo de unificar um complexo orgânico, funcional e estatutário fragmentário e desadaptado", numa alusão ao estatuto desta polícia de investigação criminal.

 

                 

 

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