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Leilões eletrónicos permitiram recuperação de três mil milhões em dívidas

A plataforma E-leilões, criada há sete anos, já vendeu mais de 37 mil bens, dos quais 29 mil foram casas. Os valores assim recuperados permitem recuperar valores em dívida e reduzir as perdas dos credores. Passa agora a ter uma versão adaptada a smartphones.

Miguel Baltazar
05 de Janeiro de 2024 às 13:25
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Os credores que recorreram à venda de bens penhorados através de leilões electrónicos conseguiram recuperar, ao longo dos sete anos de vida da plataforma, mais de três mil milhões de euros. Os números são da Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução (OSAE) e mostram, também, que os imóveis são os bens mais vendidos através deste meio: durante o mesmo período, foram transacionados 29.131. 


A plataforma E-Leilões foi lançada em 2016 e os resultados agora apurados refletem "o impacto positivo" que teve "na gestão eficiente de ativos", destaca Paulo, Teixeira, Bastonário da OSAE.


Em causa está a venda de bens penhorados no âmbito de processos de execução por dívidas. Os leilões electrónicos já estavam previstos desde a reforma do Código de Processo Civil de 2013, e vieram substituir as tradicionais vendas por carta fechada, permitindo maior transparência nas transações e, também, que os bens sejam vendidos por preços mais próximos do seu valor real. 


O balanço agora efetuado pela OSAE mostra que em sete anos foram realizadas 916, 081 mil licitações.  Os imóveis foram, de longe, os bens com mais vendas, num total de 29.131. Seguem-se os veículos - 2.839 transações -; os equipamentos - 1.875 -; os lotes de mobiliário 1.839 -; direitos - 1.304 -; e máquinas - 389. 


O número de visitantes e potenciais utilizadores tem vindo a crescer e no último ano ascendeu a 3,2 milhões. 


Esta sexta-feira, a Ordem anunciou a criação de um conjunto de novas funcionalidades, destinadas a "personalizar a utilização" da plataforma. A nova versão, além de uma nova imagem, passa a ter "um website responsivo adaptado a todos os dispositivos, incluindo Smartphones, uma navegação mais rápida, intuitiva, e fluída, uma pesquisa de bens mais organizada, uma facilidade aprimorada na visualização de bens", refere a OSAE. 


Passa a haver também a possibilidade de "navegação multilingue", o que possibilitará  "a oferta de serviços a cidadãos da União Europeia, e permitirá maiores níveis de interoperabilidade com outros sistemas". 

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