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Justiça brasileira condena oito acusados de burla na petrolífera Petrobras

O Tribunal Federal de Curitiba, no sul do Brasil, condenou esta quarta-feira oito acusados de branqueamento de capitais e associação criminosa, por desvios de dinheiro na petrolífera Petrobras.

Bloomberg
22 de Abril de 2015 às 22:34
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A condenação atingiu executivos de empresas, um ex-funcionário da Petrobras e vários operadores de acções ilegais com dólares, e foi proferida pelo juiz Sergio Moro, que tem julgado as acções derivadas da "Operação Lava Jato", executada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público para investigar crimes naquela empresa petrolífera.

 

Os arguidos foram condenados a penas entre os 11 anos e seis meses de prisão e quatro anos e cinco meses, pela participação em desvios de recurso e sobrepreço nas obras da Refinaria Abreu e Lima, além de superfaturamento no fornecimento de mercadorias e de serviços, contratos simulados e branqueamento de capitais, remetendo esses proveitos para empresas de fachada e para o exterior.

 

A condenação inclui o confisco de bens dos acusados até o valor de 18,65 milhões de reais (5,79 milhões de euros), para ressarcir a Petrobras de desvios de dinheiro detectados em operações entre Julho de 2009 e Maio de 2012.

 

Entre os condenados estão o ex-director de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e o "doleiro" (pessoa que faz operações irregulares com dólares) Alberto Yousseff, que têm acordo com a Justiça para fornecer informações sobre o esquema criminoso, em troca de uma possível redução de pena.

 

Costa foi condenado a sete anos e seis meses e Yousseff a nove anos e dois meses de prisão, mas o cumprimento dessa decisão dependerá do final do julgamento de todos os outros processos em que ambos respondem.

 

Outro dos condenados hoje é Márcio Bonilho, sócio da empresa Sanko Sider, com a qual foram firmados contratos superfaturados. Foram igualmente condenados, segundo a imprensa brasileira, Waldomiro de Oliveira, Leonardo Meirelles, Leandro Meirelles, Pedro Argese Júnior e Esdra de Arantes Ferreira, suspeitos de trabalharem com Yousseff no câmbio ilegal de dólares.

 

Os condenados ainda podem recorrer da decisão. 

 

A Petrobras anunciou que pretende divulgar hoje o seu balanço financeiro do terceiro trimestre de 2014, que deve conter as perdas estimadas com a corrupção. 

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