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Isabel dos Santos alega que Angola usou passaporte falso assinado por Bruce Lee para arresto de bens

A empresária acusa Angola e Portugal de terem usado como prova no arresto de bens um passaporte falsificado assinado pelo ator Bruce Lee.

Negócios 12 de Maio de 2020 às 11:29
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A empresária Isabel dos Santos acusa Angola e Portugal de terem usado como prova no arresto de bens um passaporte falsificado assinado pelo ator Bruce Lee. Segundo um comunicado emitido pela empresária, o documento em causa "é grosseiramente falsificado" tendo "uma fotografia da internet, data nascimento incorreta" entre outros "sinais de falsificação", como a assinatura do já falecido ator Bruce Lee.

No mesmo documento, a defesa da empresária conta que "o Estado Angolano, através da sua Procuradoria-Geral, usou um passaporte grosseiramente falsificado como supostamente pertencente à Sra. Eng.ª Isabel dos Santos, para fazer decretar o arresto preventivo de bens e empresas, de que ela é legitimamente proprietária".

Segundo a história contada pela empresária, e caracterizada pela própria como "rocambolesca", o documento "foi usado como "prova" em Tribunal pela Procuradoria angolana para demonstrar que a Eng.ª Isabel dos Santos pretendia ilegalmente exportar capitais para o Japão".  " Trata-se de uma bizarra série de e-mails do gmail e do consultant.com de um "golpista", sobre um suposto "negócio do Japão", no qual este se fazia passar por um fictício empresário do Médio Oriente, acuando em nome da Engª. Isabel dos Santos e usou um passaporte falso como fachada, engendrando um negócio fraudulento, sendo que pretendia burlar uma pequena empresa no Japão", lê-se no mesmo documento.

Estes documentos terão sido algumas das provas usadas pela Procuradoria angolana para "sustentar o seu pedido de arresto em dezembro de 2019", acusa a defesa de Isabel dos Santos.

O comunicado foi emitido agora uma vez que os seus advogados tiveram acesso às alegações e provas do processo que ficou conhecido como Luanda Leaks " apenas em finais de abril".

No mesmo comunicado, a empresária deixa ainda uma mensagem à justiça portuguesa "que decidiu cooperar com Angola, com base no princípio da confiança e boa-fé entre os Estados e ao abrigo de uma Convenção de Cooperação Judiciária dos países da CPLP, e assim tem executado vários arrestos em Portugal com base em pedidos judiciais tomados e assentes em documentos forjados e falsos". E apela a que "à luz desta denuncia e de outras que seguirão, reavalie estas execuções às "cegas", e prosseguir no sentido da justiça, no respeito da legalidade, e dos valores da verdade e do Estado de Direito".

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