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Guterres e Gomes visitam Sócrates

Saiu o ex-autarca do Porto; entrou o ex-primeiro-ministro e Alto Comissário da ONU para os Refugiados. Fernando Gomes disse em Évora acreditar profundamente na inocência de José Sócrates. António Guterres limitou-se a dizer que encontrou "muito bem" o também ex-primeiro-ministro.

Reuters
Negócios 04 de Dezembro de 2014 às 16:39
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Depois de Mário Soares e de Almeida Santos, José Sócrates recebeu nesta quinta-feira, 4 de Dezembro, a visita de dois outros destacados militantes do PS: Fernando Gomes, antigo ministro da Administração Interna (1999-2002) e ex-autarca do Porto; e de António Guterres, ex-primeiro-ministro (1995-2002)  e, desde 2005 até à data presente, Alto Comissário da ONU para os Refugiados.

 

Fernando Gomes foi o primeiro a visitar o ex-primeiro-ministro esta tarde e o primeiro a prestar declarações, já à saída do estabelecimento prisional de Évora. "Fui lá para o animar e ele é que me animou a mim", afirmou. O antigo presidente da Câmara do Porto disse acreditar "profundamente na inocência" do seu correligionário, e disse também acreditar na sua libertação a curto trecho, tendo afirmado que, depois deste caso, as condições de aplicação da prisão preventiva terão de mudar.

 

A visita teve lugar no dia em que foi revelada uma carta enviada por José Sócrates ao Diário de Notícias, em que se diz vítima de um de " ‘sistema’  [que] vive da cobardia dos políticos, da cumplicidade de alguns jornalistas; do cinismo das faculdades e dos professores de Direito e do desprezo que as pessoas decentes têm por tudo isto".

 

"Não é possível silenciar o engenheiro José Sócrates," acrescentou Fernando Gomes, que encontroi José Sócrates "determinado e com moral elevada".

 

Questionado sobre se o PS sai beliscado deste caso, o ex-autarca respondeu que "não, porque as águas foram separadas no devido momento"

 

No final de uma curta visita de 20 minutos, António Guterres foi mais parco em declarações aos jornalistas, tendo apenas referido que encontrou "muito bem" o também ex-primeiro-ministro.

 

José Sócrates foi detido a 21 de Novembro à saída da manga do avião da Air France que o trazia de Paris. Depois de ser interrogado, ficou em prisão preventiva. Está indiciado dos crimes de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada. É a primeira vez na história da democracia portuguesa que um ex-chefe de Governo é detido.

 

(Notícia actualizada às 17h00)

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