Notícia
Forças de segurança lideram suspeitas de corrupção na administração central
As forças de segurança e as autarquias voltaram a estar no top das suspeitas de crimes de corrupção em 2019, de acordo com um relatório do Conselho de Prevenção da Corrupção citado pelo Público.
As forças de segurança, na administração central, e as autarquias, na administração local, marcaram lugar cimeiro na lista de suspeitas de crimes em 2019, de acordo com as conclusões do relatório do Conselho de Prevenção da Corrupção (CPC). A notícia está no jornal Público desta quarta-feira.
O facto de trabalharem muito de perto com a população justificará esta conclusão, sublinha o jornal. Essa "proximidade relacional" potencia as práticas de corrupção que todos os anos são denunciadas e chegam aos tribunais.
O CPC é um organismo independente que funciona na órbita do Tribunal de Contas e que analisa os dados que recebe anualmente da Justiça. Em 2019 recebeu 796 comunicações, a esmagadora maioria (98%) das quais referindo-se a decisões judiciais e apenas 2% a relatórios de auditoria.
Foram comunicados 246 casos da administração central, a maioria dos quais, 88, entre as forças e serviços de segurança. Só para 51 houve efetivamente decisão judicial, sendo que em 25 casos houve sentenças relacionadas com polícias. Já a administração local continua a ser a área em que mais se detetam suspeitas de corrupção e crimes associados e cerca de 42% dos casos comunicados verificaram-se nos municípios, freguesias e empresas de gestão municipal.