O empresário, considerado por defensores dos direitos humanos de todo o mundo como o preso político mais importante da Rússia, passou os últimos dez anos na cadeia, depois de ter sido condenado a 14 anos de prisão por vários crimes económicos.

O comissário russo para os Direitos Humanos, Vladimir Lukin, afirmou que a libertação do fundador da petrolífera Yukos terá uma repercussão positiva na sociedade russa.

"Terá um efeito humanizador sobre a nossa sociedade. Na nossa sociedade há um ambiente de medo, ódio, excessiva desconfiança e outros males", disse Lukin. 

O Presidente russo fez o anúncio na quinta-feira, após a sua conferência de imprensa anual, e explicou que Khodorkovski apresentou recentemente por escrito, e pela primeira vez, um pedido de amnistia, condição legal exigida pelas autoridades russas para a concessão do perdão ao empresário. 

"Já esteve mais de dez anos em detenção, é uma punição séria, ele invoca circunstâncias de ordem humanitária - a sua mãe está doente - e considero que podemos tomar essa decisão", alegou Putin. 

Pouco depois do anúncio do indulto, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que, ao pedir perdão, o fundador da Yukos admitiu que era culpado dos crimes pelos quais foi condenado.

Com 50 anos, Khodorkovski deveria, em princípio, ser libertado em menos de um ano, em Agosto de 2014.