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Dirigente da Huawei detida no Canadá pode voltar à China após acordo com EUA

Durante a anterior presidência norte-americana, Meng foi acusada de ter mentido para enganar bancos sobre as relações empresariais com o Irão e de ter encoberto, através de uma empresa de Hong Kong, a Skycom, a venda de equipamento ao regime de Teerão, em violação das sanções norte-americanas.

Bloomberg
25 de Setembro de 2021 às 00:06
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A justiça dos EUA aceitou hoje o acordo entre o Departamento da Justiça e a Huawei, que vai permitir à filha do fundador e diretora financeira do conglomerado chinês de telecomunicações regressar à China.

Uma juíza do tribunal federal de Brooklyn "aceitou" o acordo entre o Departamento da Justiça dos EUA e os advogados de Meng Wanzhou, que está no Canadá em detenção domiciliária há três anos e que a justiça dos EUA queria que fosse extraditada para a julgar no seu solo.

Em causa estavam acusações de mentira para contornar as sanções dos EUA ao Irão, o que lhe poderia determinar uma condenação a 30 anos de cadeia nos EUA.

Durante a anterior presidência norte-americana, Meng foi acusada de ter mentido para enganar bancos sobre as relações empresariais com o Irão e de ter encoberto, através de uma empresa de Hong Kong, a Skycom, a venda de equipamento ao regime de Teerão, em violação das sanções norte-americanas.

O acordo alcançado designa-se por acusação diferida, no qual o acusado concorda com algumas condições em troca das quais o Departamento de Justiça pode deixar cair o caso.

Reid Weingarten, um dos advogados de Meng, confirmou em mensagem de correio eletrónico a existência do acordo, mas não avançou detalhes, em particular sobre aquelas condições.

Mas sabe-se que o acordo contempla o adiamento até ao final de 2022 da eventual apresentação de acusações por "fraude bancária".

Um representante do Departamento de Justiça propôs ao tribunal nova-iorquino o "adiamento", até 01 de dezembro de 2022, quatro anos depois da deteção de Meng Wanzhou no Canadá, das acusações feitas no final de 2018 contra a dirigente da Huawei, designadamente por "conspiração" para cometer uma "fraude bancária".

Se o acordo não for contestado ou rompido até àquela data, as acusações caem, segundo o representante do Departamento de Justiça.

Com a aceitação dos termos do acordo, acabam três anos de batalha judicial e diplomática entre Pequim, Washington e Otava.
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