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DIAP do Porto abre inquérito à construção da ala pediátrica do hospital São João
"Encontra-se [construção da ala pediátrica] em investigação no DIAP do Porto, não tem arguidos constituídos e está em segredo de justiça", indicou a PGR em resposta escrita à Lusa.
O Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto abriu um inquérito à construção da ala pediátrica do hospital de São João, estando o mesmo em segredo de justiça, adiantou hoje à Lusa a Procuradoria-Geral da República (PGR).
"Encontra-se [construção da ala pediátrica] em investigação no DIAP do Porto, não tem arguidos constituídos e está em segredo de justiça", indicou a PGR em resposta escrita à Lusa.
Questionado pela Lusa, o centro hospitalar disse não comentar processos em segredo de justiça.
A empreitada arrancou a 01 de outubro com a instalação do estaleiro e deverá estar concluída em 18 meses.
A ala pediátrica, que ficará integrada no edifício principal, terá cinco pisos e mais dois subterrâneos e capacidade para 98 camas.
O novo espaço acolherá várias especialidades, incluindo a pediatria, neonatologia, medicina intensiva pediátrica, oncologia pediátrica, cardiologia pediátrica, cirurgia pediátrica e a primeira unidade de queimados pediátricos do Norte.
Em 30 de agosto, a ministra da Saúde, Marta Temido, congratulava-se no Porto com o cumprimento do calendário estabelecido em outubro de 2018 para a construção da ala pediátrica, empreitada orçada em cerca de 25 milhões de euros que deverá ficar concluída em 2021.
A governante falava na assinatura do contrato para a construção da obra, entre o CHUSJ e a Casais -- Engenharia e construção, selecionada de um conjunto de 14 empresas convidadas.
Dada a urgência da construção da ala pediátrica, a Lei do Orçamento do Estado para 2019 autoriza o CHUSJ a recorrer ao procedimento de ajuste direto na contratação da empreitada.
Há 10 anos que o hospital tem um projeto para construir uma ala pediátrica, mas desde então o serviço era prestado em contentores.
No início de julho, o CHUSJ anunciou o fim do internamento de crianças em 36 contentores e referiu que estas estruturas, provisórias há cerca de 10 anos, seriam desmontadas.