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Corrupção na Força Aérea: General recebia 1.500 euros por mês em luvas

Major-general que liderava o esquema de corrupção recebia cerca de 1.500 euros por mês em luvas das messes, um valor que chegou a ir recolher em mãos e em dinheiro vivo, diz o Correio da Manhã. Segundo o Público, as empresas acusadas de corrupção podem continuar a vender serviços ao Estado.

Reuters
09 de Novembro de 2017 às 09:13
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O Ministério Público acusou 40 militares e 46 empresários e empresas fornecedoras da Força Aérea de terem lesado o Estado em pelo menos 2,5 milhões de euros desde 2011. Em causa está um esquema em que todas as partes envolvidas acordavam cobrar à Força Aérea valores superiores aos do contrato, e repartiam os lucros entre si.

O despacho de acusação, noticiado esta quinta-feira, 9 de Novembro, pelo jornal Correio da Manhã e pelo Público, diz que esta é uma "prática enraizada". Em causa estão 46 empresários e empresas do ramo da alimentação, que forneciam bens alimentares a 12 messes, e que por esses bens cobravam valores superiores ao Estado.

O excesso cobrado era repartido pelas empresas e pelos militares, sendo que as altas patentes militares envolvidas no esquema garantiam que não haveria controlo de stocks para que a situação não fosse descoberta.

No topo desta pirâmide, baptizada pela investigação de "Operação Zeus", estará o major-general Ruo Milhais de Carvalho, que, segundo o Correio da Manhã, recebia cerca de 1500 euros por mês em luvas. 

Enquanto o Ministério Público pede que se mantenham as actuais medidas de coacção os arguidos, sustentando que os perigos subsistem, do lado dos alegados corruptores tudo fica na mesma.

Segundo avança o jornal Público, as empresas que alegadamente corromperam os militares para fornecerem as messes vão poder continuar a prestar serviços Às Forças Armadas, à PSP ou à GNR. 

Os 40 militares estão acusados de corrupção passiva agravada, falsificação de documentos, falsidade informática e associação criminosa. 

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