Notícia
Contabilista esconde papéis antes das buscas
Os arguidos da Operação Picoas, que visa o cofundador da Altice, Armando Pereira, e o seu braço direito, Hernâni Vaz Antunes, foram avisados da investigação do Ministério Público (MP) duas semanas antes das buscas.
25 de Julho de 2023 às 21:14
Segundo o Expresso, Hernâni Vaz Antunes terá sido informado de que os seus negócios – com geografias tão diversas como a Madeira, Luxemburgo, Emirados Árabes Unidos, República Dominicana ou Estados Unidos – iriam ser alvo de uma inspeção da Autoridade Tributária de Braga. E foi nessa sequência que, segundo o jornal, Vaz Antunes terá depois alertado Armando Pereira e o contabilista Álvaro Gil Loureiro, também arguido no processo.
Perante este cenário e duas semanas antes das buscas realizadas pelo MP, adianta o Expresso, o contabilista ter-se-á deslocado à Madeira e ao Luxemburgo para retirar documentação daqueles escritórios. Terá confessado essas mesmas diligências ao juiz de instrução, Carlos Alexandre, tendo também colaborado com a investigação na recuperação de 130 pastas de documentação e na disponibilização de credenciais de acesso a equipamentos informáticos que tinham sido apreendidos.
As buscas às casas de Armando Pereira e Hernâni Vaz Antunes, bem como a escritórios e empresas, realizaram-se a 12 de julho, duas semanas após o aviso aos arguidos. A investigação receia que alguns elementos relevantes para o apuramento dos factos possa ter sido comprometido.
Armando Pereira e Hernâni Vaz Antunes estão em prisão domiciliária, sem pulseira eletrónica.
Perante este cenário e duas semanas antes das buscas realizadas pelo MP, adianta o Expresso, o contabilista ter-se-á deslocado à Madeira e ao Luxemburgo para retirar documentação daqueles escritórios. Terá confessado essas mesmas diligências ao juiz de instrução, Carlos Alexandre, tendo também colaborado com a investigação na recuperação de 130 pastas de documentação e na disponibilização de credenciais de acesso a equipamentos informáticos que tinham sido apreendidos.
Armando Pereira e Hernâni Vaz Antunes estão em prisão domiciliária, sem pulseira eletrónica.