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Caso EDP: Artur Trindade ouvido em 1.º interrogatório. Continua a 21 de agosto

Questionado pelos jornalistas à saída do TCIC sobre se tinha sido constituído arguido, Artur Trindade respondeu afirmativamente, esclarecendo que a sua ida ao tribunal se prendeu com diligências e consultas do processo, tendo também dito que prestará declarações no inquérito "mais tarde".

Bruno Simão/Negócios
24 de Julho de 2020 às 23:58
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O antigo secretário de Estado da Energia Artur Trindade foi hoje ouvido em primeiro interrogatório judicial, no âmbito do processo EDP, que continuará a 21 de agosto, disse à Lusa o advogado José António Barreiros.

O interrogatório iniciado hoje não foi possível concluir, prosseguindo assim a 21 de agosto, altura em que poderão ser conhecidas as medidas de coação.

Artur Trindade revelou ter sido constituído arguido, na quarta-feira, no âmbito do processo EDP, à saída do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) de Lisboa.

Questionado pelos jornalistas à saída do TCIC sobre se tinha sido constituído arguido, Artur Trindade respondeu afirmativamente, esclarecendo que a sua ida ao tribunal se prendeu com diligências e consultas do processo, tendo também dito que prestará declarações no inquérito "mais tarde".

De acordo com declarações aos jornalistas e transmitidas pela SIC, o seu advogado de defesa, José António Barreiros, disse aos jornalistas que o seu constituinte "vai responder às perguntas" que lhe forem feitas em sede de inquérito, classificando o processo como "extenso e longo".

Sobre Artur Trindade recaem suspeitas de corrupção passiva relacionadas com a contratação do seu pai pela EDP como troca de favores, situação que terá levado já à constituição da EDP como arguida no processo.

No âmbito do caso EDP, o juiz Carlos Alexandre decretou a suspensão de funções de António Mexia, presidente da EDP, e João Manso Neto, presidente da EDP Renováveis, concordando ainda com outras medidas de coação propostas pelo Ministério Público relativas ao pagamento de uma caução e proibição de contactos entre arguidos.

António Mexia e Manso Neto são suspeitos dos crimes de corrupção ativa e de participação económica em negócio.

O denominado processo das rendas excessivas da EDP está há cerca de oito anos em investigação no Departamento Central de Investigação e Ação Penal e tem ainda como arguidos, entre outros, o ex-ministro Manuel Pinho, e o administrador da REN e antigo consultor de Pinho, João Faria Conceição.

O inquérito investiga práticas de corrupção e participação económica em negócio nos procedimentos relativos à introdução no setor elétrico nacional dos Custos para Manutenção do Equilíbrio Contratual.
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