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Brasil volta a investigar pagamento de seis milhões da Portugal Telecom ao PT

O processo já tinha sido arquivado, mas foi decidido “desarquivá-lo”. Em causa está o alegado pagamento de sete milhões de dólares (seis milhões de euros) da Portugal Telecom ao partido então liderado por Lula da Silva.

Bloomberg
Negócios 10 de Agosto de 2017 às 10:12
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A Câmara de Combate à Corrupção da Procuradoria Geral da República (PGR) decidiu voltar a investigar um processo que já tinha sido arquivado. Em causa está o alegado pagamento de cerca de sete milhões de dólares da Portugal Telecom, na altura liderada por Miguel Horta e Costa, ao Partido dos Trabalhadores, liderado então por Lula da Silva.

 

A notícia foi avançada pela Globo esta quarta-feira, 9 de Agosto, que recorda que a investigação em causa foi arquivada em Setembro de 2015. Contudo, o processo foi revisto e a PGR decidiu "desarquivar" o caso, tendo as investigações sido retomadas.

 

Em 2012, o publicitário brasileiro Marcos Valério, condenado como executor do Mensalão, afirmou que o ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva teria negociado directamente com Miguel Horta e Costa, então presidente da Portugal Telecom, o pagamento de um suborno de seis milhões de euros da operadora portuguesa ao seu partido, o Partido dos Trabalhadores, para que Lula desbloqueasse a compra da Telemig Celular.

 

Apesar do processo ter sido arquivado, em 2015, a Câmara de Combate à Corrupção decidiu não homologar a decisão, em Maio de 2016.

 

A Globo diz que o Instituto Lula reagiu, afirmando que o caso da Portugal Telecom foi investigado ao longo de anos pelos Ministérios Públicos do Brasil e de Portugal, tendo sido arquivado por falta de provas, nos dois países, "como todos os inquéritos abertos com base nas declarações de Marcos Valério". "Não há factos novos que justifiquem a reabertura do caso", defende fonte do instituto.

Este processo, inserido no conhecido caso "mensalão" – que investigou crimes de corrupção, que envolveu esquemas de compra de votos para aprovação de projectos – levou mesmo a que Miguel Horta e Costa tivesse sido constituído arguido em Janeiro de 2015.

Aquando do arquivamento do caso, o ex-presidente da Portugal Telecom defendeu que se tratava de "uma calúnia sem fundamento".

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