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 Advogado de detido na operação 'Punho Cerrado' diz que "amanhã é que será dia forte"

Foram detidas 17 pessoas na sequência do cumprimento de 10 mandados de detenção fora de flagrante delito, da realização de cerca de 50 buscas domiciliárias e de cerca de 20 buscas não domiciliárias a empresas e estabelecimentos de restauração e diversão nocturna.

Gonçalo Villaverde
Lusa 28 de Dezembro de 2016 às 22:04

O advogado de um dos detidos na operação 'Punho Cerrado', relacionada com segurança privada, disse esta quarta-feira que "amanhã é que será forte" na inquirição aos 10 presos no âmbito da operação realizada nos distritos de Leiria, Lisboa, Coimbra e Santarém e que não puderam regressar a casa - ao contrário dos restantes sete.

 

O advogado que representa o gerente de uma empresa de segurança privada em Coimbra, Vítor Gaspar, afirmou à saída do Tribunal de Leiria, onde os detidos foram identificados por um juiz de instrução criminal, que "hoje foi uma fase embrionária". "Em causa estão as actividades de empresas de segurança privada, que não terão decorrido dentro da maior legalidade", afirmou.

 

Segundo o jurista, "o dia de amanhã é que será crucial", pois é quando "decorrerão a maioria dos trabalhos", nomeadamente as declarações sobre a matéria recolhida, acrescentou, recusando-se a informar se o seu cliente irá prestar depoimento.

 

Os 10 detidos na sequência do cumprimento de mandados de detenção fora de flagrante delito chegaram ao início da tarde ao Tribunal de Leiria, sob medidas especiais de segurança, depois de passarem a noite em diferentes esquadras do Comando da PSP de Leiria. Os suspeitos foram identificados pelo juiz de instrução criminal, que lhes leu os factos de que estão acusados", adiantou uma fonte judicial.

 

A inquirição terminou pelas 20:00, hora em que os detidos começaram a sair do Tribunal de Leiria, encaminhando-se para os carros da PSP, uma vez que continuarão detidos até lhes serem decretadas as medidas de coacção.

 

O interrogatório do juiz de instrução criminal prossegue esta quinta-feira de manhã. As medidas de coacção serão divulgadas ao final deste dia ou na sexta-feira, caso a inquirição se prolongue por mais tempo, explicou ainda a fonte judicial.

 

Durante as diligências efectuadas na operação foram detidas outras sete pessoas, seis por posse de munições e armas brancas e de fogo ilegais e uma por posse de produto estupefaciente. Estes detidos foram libertados depois de prestarem termo de identidade e residência.

 

Em nota de imprensa, o Comando Distrital da PSP de Leiria adiantou que, na sequência do cumprimento de 10 mandados de detenção fora de flagrante delito, da realização de cerca de 50 buscas domiciliárias e de cerca 20 buscas não domiciliárias a empresas e estabelecimentos de restauração e diversão nocturna, foram detidas 17 pessoas.

 

"As detenções foram efectuadas maioritariamente na zona Leiria e Coimbra, sendo dois detidos do sexo feminino e 15 do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 20 e os 64 anos", refere ainda a nota de imprensa.

 

A operação levou também à apreensão de vários objectos, nomeadamente, armas de fogo e munições, soqueiras, bastões extensíveis, produto estupefaciente (haxixe), mais de 28 mil euros em numerário, automóveis, computadores, tablets, uma arma elétrica (taser), e diversa documentação "com importantes elementos de prova".

 

A operação iniciou-se terça-feira pelas 07:00, dando sequência a uma investigação que decorria há cerca de dois anos, e centrou-se no crime de associação criminosa, em crimes económico-financeiros e no exercício ilegal da atividade de segurança privada, entre outros.

 

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