Os incidentes que ocorreram no início da primeira fase de entrega do IRS de 2015 – e os que ainda poderão surgir - não vão atrasar os prazos de reembolsos do imposto. A garantia é deixada pelo Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, que diz que todos os problemas técnicos vão sendo rapidamente resolvidos pela Autoridade Tributária. 

Falando aos jornalistas à saída de uma conferência de decorre esta quinta-feira à tarde no ISCAL, Fernando Rocha Andrade desdramatizou as dificuldades com que alguns contribuintes se estão a deparar na hora de entregar a declaração. 

"Não conheço nenhum processo que envolva milhões de pessoas que decorra sem incidentes, sobretudo sendo o sistema novo", argumentou o responsável, que garante que a Autoridade Tributária tem estado a resolver todos os problemas técnicos de forma célere. 

Minutos antes, durante a sua intervenção perante uma sala cheia de alunos da escola de contabilidade, Rocha Andrade tinha igualmente reconhecido a existência de problemas a montante, no próprio mecanismo de deduções à colecta, que, desde o ano passado, passou a assentar no e-fatura. 

O secretário de Estado considera que o sistema que herdou do seu antecessor é uma ideia "com mérito" mas, também aqui, "o diabo está nos detalhes". E os detalhes têm determinado dificuldades várias ao nível das facturas de saúde, educação e habitação, que obrigaram inclusive este Governo a criar um sistema transitório que permitirá aos contribuintes inscreverem estas despesas pela sua mão, como até aqui, na declaração de IRS. 

No final da liquidação de 2015, o processo será avaliado, "sem preconceitos". 

Este ano, a expectativa é que os reembolsos aumentem em cerca de 200 milhões de euros.