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Salgado usou amnistias fiscais para regularizar 34,2 milhões. Pagou 6,9% de IRS

O ex-banqueiro fez uso das duas amnistias fiscais lançadas pelo Governo Sócrates e da terceira decretada por Passos Coelho. Ao todo, regularizou mais de 34 milhões de euros que havia ocultado ao Fisco, escreve o Público.

À data dos factos, Ricardo Salgado liderava os destinos do Banco Espírito Santo.
Paulo Cunha/Lusa
03 de Fevereiro de 2024 às 10:59
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Ricardo Salgado aproveitou o Regime Extraordinário de Regularização Tributária (RERT) para, em 2012, declarar ao Estado 26,5 milhões de euros depositados em bancos na Suiça - no UBS e no Credit Suisse - e cuja existência tinha, até então, ocultado ao Fisco. Anteriormente, o banqueiro tinha também já aderido às outras duas amnistias fiscais criadas pelos Governos de José Sócrates em 2005 e 2010. 


Os números são avançados pelo Público numa notícia que faz a manchete do jornal deste sábado e que cita o despacho de uma nova acusação deduzida contra Salgado e o primo Manuel Fernando Espírito Santo Silva, a 21 de Dezembro de 2023. 


Ao todo, o antigo líder do BES regularizou nos três RERT 34,2 milhões e pagou de imposto 2,4 milhões - na prática uma taxa efectiva de 6,9%, porque a taxa nos dois primeiros RERT era de 5% e no último de 7,5%.


Nas suas declarações anuais de rendimentos, Salgado mencionava as remunerações como trabalhador dependente no GES, mas escondeu outros honorários que ia recebendo do grupo via empresas que funcionam como "saco azul" e que eram controladas pela Espírito Santo International (ESI), com sede no Luxemburgo.

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