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Indícios de fraude fiscal nos jogos de beneficência de Messi
O futebolista argentino está de novo a ser "marcado" pelas autoridades fiscais espanholas, que agora suspeitam de irregularidades nos jogos realizados na América Latina no Verão de 2012 e 2013.
As autoridades espanholas recolheram indícios de alegadas irregularidades fiscais envolvendo os jogos de beneficência "Messi & Friends" realizados na Colômbia em 2012 e em 2013. As suspeitas prendem-se com a não declaração de benefícios por parte do futebolista do Barcelona ou da fundação com o seu nome, que é gerida pelo pai, Jorge Horacio Messi.
Segundo o jornal "El Mundo", que teve acesso a alguns documentos da investigação, estes jogos disputados na América Latina, visando ajudar organizações não-governamentais, estão também a ser investigados por branqueamento de capitais e ligação ao narcotráfico através dos seus promotores, numa pesquisa que envolve a DEA, a agência antidroga nos Estados Unidos.
No que toca directamente a Messi, esta é mais uma dor de cabeça para o futebolista "internacional" pela Argentina, que vai ser julgado por três presumíveis delitos fiscais cometidos entre 2007 e 2009, que ascendem aos 4,1 milhões de euros. Neste caso, as autoridades já declararam haver "indícios suficientes" de que o jogador "podia ter conhecimento e consentido a criação e manutenção de uma estrutura societária fictícia, que tinha como única finalidade iludir o cumprimento das obrigações tributárias".
Recorde-se que a decisão de levar Lionel Messi a julgamento prendeu-se com dois pontos principais. Primeiro, foi a assinatura do jogador argentino que deu luz verde a todos os contratos através do qual foram cometidas fraudes através de empresas fictícias. Em segundo, o jogador assinou perante um notário em 2006 a cedência dos seus direitos de imagem à sociedade Sports Consultants por um período de 10 anos. A cedência de direitos foi firmada de "maneira fictícia e por um preço irrisório".