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INE: Carga fiscal renova recorde em 2021 ao subir para 35,8% do PIB
Segundo o INE, o peso dos impostos e das contribuições sociais efetivas na economia voltou a subir no ano passado, renovando um recorde. Carga fiscal foi de 35,8% do PIB em 2021. Recuperação da economia fez impostos indiretos disparar.
Segundo as estatísticas das receitas fiscais divulgadas esta sexta-feira, a carga fiscal, medida pelas receitas com impostos e com as contribuições sociais efetivas no PIB, subiu de 35,3% em 2020 para 35,8% no ano seguinte.
A receita com impostos diretos subiu 2,2%, à boleia sobretudo da subida da receita com IRS, que cresceu 5,7%. Por outro lado, a receita de IRC desceu 6,6%.
Também as contribuições sociais efetivas tiveram um crescimento expressivo, de 6,9%, devido "ao crescimento do emprego remunerado e a subida do salário mínimo", afirma o INE.
"Tal como em 2020, as medidas de proteção do emprego, das remunerações e da retoma progressiva de atividade, explicam também a evolução positiva da receita do IRS e das contribuições sociais", justifica o gabinete de estatísticas nacional.
Já a receita com os impostos indiretos cresceram 10,6% face a 2020, à boleia da recuperação do consumo que se verificou em 2021. Assim, "constituíram a componente que mais contribuiu para o aumento da receita fiscal", diz o INE.
O IVA subiu 13,4%, o ISP 7,7%, o IMT 37,1%, o imposto de selo 10,4% e o IMI 2,1%. O imposto sobre o tabaco e o ISV ainda caíram face a 2020, 0,1% e 3%, respetivamente.
(Notícia atualizada às 11:56 com mais informação)