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Governo está a avaliar valor de um novo travão às rendas
O primeiro-ministro adiantou que se vai reunir com as associações de proprietários e de inquilinos para "procurar encontrar o valor que seja mais próximo possível" das possibilidades das famílias e do valor fixado na lei.
O primeiro-ministro, António Costa, afirmou esta quarta-feira que o Governo está a avaliar o valor do novo travão a aplicar às rendas e que irá falar em breve com as associações do setor.
"Estamos a ponderar qual é o coeficiente de atualização do próximo ano", afirmou António Costa, em declarações aos jornalistas no Porto. O primeiro-ministro adiantou ainda que se vai reunir com as associações de proprietários e de inquilinos para "procurar encontrar o valor que seja mais próximo possível" das possibilidades das famílias e da lei.
"Este ano a inflação já está em queda, mas de qualquer forma o valor da inflação estimada ainda implicaria um aumento muito grande das rendas e estamos neste momento a ponderar como é fixamos um montante que não crie uma enorme distância - porque um dia essas rendas vão ter de convergir para o valor real -, mas ao mesmo tempo permita às famílias um aumento de acordo com os seus rendimentos", explicou o governante.
Apesar da insistência, Costa recusou adiantar se a taxa de atualização máxima de 2% fixada no ano passado. "Não vou antecipar números, vamos ouvir as associações do setor", disse, bem como "avaliar a inflação estimada para o próximo ano, o que está previsto também em sede de concertação social dos aumentos salariais, de forma a termos uma solução equilibrada".
Já o ministro das Finanças, Fernando Medina, disse aos jornalistas, no final da reunião de concertação social, que é "inequívoco" que o travão às rendas vai acontecer, mas que ainda não está aprovada no Governo a forma como esse mecanismo se realizará. "Não está aprovado no Governo qual forma esse mecanismo se vai realizar, mas é inequívoco que se realizará", garantiu Medina.
O valor das rendas poderá aumentar 6,94% em 2024 caso o Governo não estabeleça, como fez este ano, um limite às atualizações, segundo os números da inflação de agosto divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).