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Taxa de esforço para arrendar dispara para 81%

Comprar exige 68% do rendimento líquido anual de uma família e arrendar obriga a gastar 81%. Guarda e Portalegre são as únicas cidades com taxa de esforço no arrendamento é inferior à recomendada.

Nos 10% mais ricos do país, a concentração de riqueza de habitação aumentou de 35% para 39%.
Miguel Baltazar
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A taxa de esforço para comprar e arrendar disparou nos primeiros três meses de 2024. De acordo com dados do portal Idealista, a percentagem do rendimento familiar necessária para adquirir ou arrendar casa subiu em praticamente todas as capitais de distrito. O aumento mais acentuado foi sentido no arrendamento, que escalou dez pontos percentuais (p.p.), passando de 71% para 81%.

Das 20 cidades analisadas, foi no Funchal onde a taxa de esforço para arrendar mais aumentou no último ano, passando de 75% no primeiro trimestre de 2023, para 93% no mesmo período de 2024. Destacam-se ainda as cidades de Beja (com um aumento de 13 pontos percentuais), Santarém (10 p.p.) e Braga (7 p.p.). Em Lisboa, a subida foi menor, de 4 pontos percentuais, mas, ainda assim, representa uma taxa de esforço de 86%.

Apesar da tendência generalizada de subida, nalgumas cidades a taxa de esforço diminuíu: Guarda (-12 p.p.), Ponta Delgada (-7 p.p.), Porto (-3 p.p.), Faro (-2 p.p.) e Aveiro (-1 p.p.).

Depois do Funchal e Lisboa  é a cidade que exige maior taxa de esforço das famílias é o Porto (71%), seguida de Faro (66%), Setúbal (59%), Braga (56%), Viana do Castelo (54%), Santarém (51%), Évora (51%), Aveiro (49%), Leiria (45%), Ponta Delgada (45%), Coimbra (44%), Viseu (43%), Beja 41%) e Vila Real (40%).

Já as cidades onde as rendas da casa pesam menos nos rendimentos familiares são Guarda (26%), Portalegre (32%), Bragança (34%) e Castelo Branco (38%). 


O idealista sublinha que todas as capitais de distrito, com a exceção da Guarda e Portalegre, apresentaram taxas de esforço superiores ao recomendado, de 33%. 

Taxa de esforço na compra de casa chega aos 68%


Já a aquisição de habitação, a nível nacional, exige 68% dos rendimentos - um aumento de 8 pontos percentuais.

A percentagem de rendimentos que as famílias devem destinar para comprar uma casa, aumentou em todas as capitais de distrito num ano, com exceção de Ponta Delgada, onde passou de 56% no primeiro trimestre de 2023 a 55% no mesmo período de 2024, diminuindo 1 p.p.

Foi em Faro onde a taxa de esforço mais aumentou, passando de 82% a 104%, originando um aumento de 22 p.p. Seguem-se os aumentos da taxa de esforço no Funchal (21 p.p.), Lisboa (20 p.p.), Leiria (12 p.p.), Viana do Castelo (11 p.p.), Porto (10 p.p.), Viseu (9 p.p.), Bragança (8 p.p.), Setúbal (8 p.p.), Braga (8 p.p.) e Coimbra (7 p.p.).

As cidades onde a taxa menos cresceu entre estes dois momentos foram Vila Real (2 p.p.), Beja (2 p.p.), Évora (2 p.p.), Guarda (3 p.p.), Aveiro (4 p.p.), Santarém (4 p.p.), Castelo Branco (4 p.p.) e Portalegre (6 p.p.).

No início de 2024, a cidade com a maior taxa de esforço para comprar casa foi o Funchal (108%), seguido por Faro (104%), Lisboa (101%), Porto (80%), Aveiro (69%), Viana do Castelo (60%), Braga (60%), Ponta Delgada (55%), Leiria (53%), Évora (50%), Viseu (49%), Setúbal (48%), Coimbra (46%) e Vila Real (36%).

Há apenas seis capitais de distrito onde é possível comprar casa com uma taxa de esforço inferior à recomendada de 33% (ou seja, em que a prestação da casa pesa menos de um terço do rendimento disponível da família): Bragança (30%), Santarém (30%), Beja (24%), Castelo Branco (22%), Portalegre (21%) e Guarda (18%).

No caso do arrendamento, a taxa de esforço calcula-se através da percentagem anual do rendimento líquido médio do agregado familiar destinada ao pagamento do arrendamento de uma casa. O Idealista explica que os valores de arrendamento são obtidos diretamente através do seu portal, que disponibiliza preços para cada cidade. Por sua vez, os dados do rendimento líquido familiar são fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística.

No caso da compra de habitação, a taxa de esforço é calculada como a percentagem anual do rendimento líquido do agregado familiar destinada ao pagamento de um crédito habitação que segue características médias em termos de duração e taxa de juro.
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