Cerca de metade das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) destinadas à habitação já estão alocadas, mas, até junho, apenas 132 das casas que têm financiamento garantido já estavam concluídas, avança esta segunda-feira o Público, com base num levantamento feito por investigadores da Universidade de Lisboa e da Universidade do Porto.

Reforçada a dotação do PRR disponível, os vários programas relativos à habitação do PRR contam com um financiamento de mais de 4,18 mil milhões de euros (incluindo programas que pertencem a outras componentes com impacto na habitação, como os "vales-eficiência". Desse montante, está contratualizado um financiamento superior a 2,1 mil milhões de euros (cerca de 50%) 

O 1.º Direito é o programa que concentra a maior fatia destes fundos e, dos 3.321 fogos financiados pelo PRR, apenas 4% (132) estão concluídos. A maioria (1.741 fogos) ainda tinha, até junho, o concurso de empreitada a decorrer ou por lançar. Esses atrasos estão a preocupar os autarcas, que serão agora chamados, no âmbito do novo plano para acelerar o PRR, a assinar um termos de responsabilidade com o Governo para aprovar candidaturas pendentes e acelerar, assim, o processo de construção de novas casas.