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Governo cria comité coordenador dos fundos do PRR para transição digital

Órgão coordenador será integrado por representantes de 13 entidades públicas e terá como missão desenvolver, coordenar e monitorizar a execução das medidas relacionadas com a transição digital previstas no Plano de Recuperação e Resiliência.

Pedro Siza Vieira, ministro da Economia e da Transição Digital, admite que uma parte das empresas não conseguirá sobreviver ao fim das moratórias, por já não serem viáveis.
João Cortesão
27 de Dezembro de 2021 às 15:53
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O Governo criou um comité coordenador dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) dedicados à transição digital. O novo órgão coordenador foi constituído por um despacho publicado esta segunda-feira em Diário da República e será integrado por representantes de 13 entidades públicas.

O diploma determina que o referido comité irá funcionar na dependência do ministro do Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, e terá como missão desenvolver, coordenar e monitorizar a execução das medidas relacionadas com a transição digital previstas na componente "Empresas 4.0" do PRR.

Tal como acordado com Bruxelas, essa componente (C16) será dedicada a aumentar a literacia digital, à transformação digital do setor empresarial e à digitalização do Estado. Cabe, por isso, ao novo comité coordenador assegurar "o sucesso da execução e monitorização das medidas previstas" nesse âmbito.

Para isso, o comité irá funcionar "durante o período de vigência do PRR", ou seja, até ao fim do período de execução em 2026, e deverá "criar as condições para a estreita colaboração entre entidades com competências em diferentes áreas" para que sejam estabelecidos os marcos e metas acordados com a Comissão Europeia.

Startup Portugal, AMA e DGAE integram comité
Na prática, o novo comité coordenador será responsável por estabelecer recomendações sobre a monitorização "estratégica, operacional e financeira" do PRR e sobre a concretização das medidas aí previstas, estabelecer os critérios de avaliação e avaliar o mérito das propostas apresentadas e apoiar o desenvolvimento dos contratos a celebrar com os beneficiários finais. 

O comité deverá ainda estabelecer as minutas dos contratos a celebrar com os beneficiários finais, acompanhar a execução das medidas e dos investimentos, elaborar e aprovar os relatórios periódicos técnicos de acompanhamento da execução dos investimentos e contribuir para a prossecução dos trabalhos a desenvolver.

A Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI) irá coordenar as questões técnicas para o cumprimento das metas relativas à transição digital, enquanto a Estrutura de Missão Portugal Digital ficará responsável pela coordenação estratégica.

Dessa estrutura de missão, farão parte representantes de 13 entidades públicas, entre as quais a Direção-Geral de Atividades Económicas (DGAE), a Agência Nacional de Inovação (ANI), a Startup Portugal, a Agência para a Modernização Administrativa (AMA) e a Autoridade de Gestão do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE).

Cada uma dessas entidades será responsável pelo acompanhamento de um conjunto de medidas inseridas um dos cinco grupos definidos pelo Governo: capacitação digital das empresas, comércio digital, empreendedorismo, inovação digital e catalisação da transição digital.

(Notícia corrigida a 30 de dezembro às 15h46: As únicas entidades coordenadoras deste comité são o IAPMEI e a Estrutura de Missão Portugal Digital. A Startup Portugal, a DGAE, a AMA e as restantes 10 entidades públicas que irão estar representadas na Estrutura de Missão não têm um papel coordenador. São integrantes do comité, sem qualquer responsabilidade de coordenação estratégica, como mencionado anteriormente).

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