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Comissão de acompanhamento de fundos europeus na AR deverá arrancar em setembro

Férias parlamentares deverão atrasar o início dos trabalhos de constituição da nova comissão eventual que vai acompanhar a execução de fundos europeus do PRR e do PT2030. Próximos passos passam pela conferência de líderes, que terá de reunir para selecionar deputados que irão integrar comissão, sob proposta dos partidos. 

Vitor Chi
09 de Julho de 2024 às 16:04
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A comissão eventual de acompanhamento da execução de fundos europeus na Assembleia da República deverá arrancar só em setembro, segundo fontes parlamentares ouvidas pelo Negócios. A comissão tem como objetivo acompanhar a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e do atual quadro comunitário, o Portugal 2030, mas as férias parlamentares deverão atrasar o seu início.

A criação dessa nova comissão foi proposta pelo PSD e aprovada no Parlamento no final de junho, com os votos a favor do PSD, Chega, Iniciativa Liberal, CDS e PAN, e os votos contra do PS, Bloco de Esquerda, PCP e Livre. E esta terça-feira, foi publicada em Diário da República a resolução da Assembleia da República, assinada pelo presidente do Parlamento, José Aguiar Branco, que formaliza a sua aprovação.

Porém, a nova comissão só deverá sair do papel após as férias parlamentares, que devem estender-se durante todo o mês de agosto. Os próximos passos, concluída a publicação da resolução em Diário da República, passam pela conferência de líderes, que vai ter de reunir para agendar os trabalhos de constituição da nova comissão e de seleção dos deputados que a irão integrar. 

Os deputados que vão integrar a nova comissão vão ser "indicados pelos respetivos grupos parlamentares", como prevê o regimento da Assembleia da República. Ouvida a conferência de líderes, José Aguiar Branco deverá apresentar uma deliberação ao plenário com vista à criação da comissão.

A nova comissão vai funcionar de forma independente das restantes comissões, incluindo da Comissão de Poder Local e Coesão Territorial, onde já é feito um acompanhamento e monitorização do uso de fundos europeus no territórioIsso valeu várias críticas à criação dessa comissão porque se considerar, sobretudo à esquerda, que vai duplicar um trabalho que já é feito por uma comissão permanente.

No entanto, o PSD argumenta, no projeto de resolução que levou à criação desta comissão, que é "de extrema importância corresponder e contrariar a atual situação de atraso na execução [do PRR e PT2030], bem como acompanhar a mesma numa perspetiva de melhoria estratégica na aplicação desses mecanismos".

Na resolução da Assembleia da República, lê-se que a nova comissão terá dois objetivos: "garantir a transparência ao nível da informação partilhada" e "criar uma rigorosa análise da execução, da monitorização e da fiscalização dos dois programas, envolvendo todos os partidos com assento parlamentar na Assembleia da República". 

A comissão pode ainda, "sempre que os seus membros entendam por conveniente", realizar audições a membros do Governo, especialistas e entidades com responsabilidade efetiva na execução do PRR e do PT2030. No final da legislatura, essa comissão terá ainda de apresentar um relatório final da sua atividade.

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