O emprego nas administrações públicas subiu 0,5% em termos homólogos em junho, chegando muito perto das 750 mil pessoas, um novo valor máximo na série que começa no final de 2011.

No final de junho havia 749.678 funcionários públicos e trabalhadores do Estado.

Os dados da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), divulgados esta quarta-feira, mostram que face ao trimestre anterior praticamente estagnou (+0,1%). A evolução em cadeia é no entanto muito variável devido a fatores sazonais.

A administração local continua a puxar pelo emprego, já que este sobe a um ritmo mais expressivo de 2% em termos homólogos.

"Face ao período homólogo, o emprego nas administrações públicas aumentou 3.831 postos de trabalho, em resultado essencialmente do crescimento na administração local (+3 885), em particular nas câmaras municipais (nomeadamente nos técnicos superiores e assistentes operacionais)", lê-se na síntese.

Na administração central o emprego sobe apenas 0,1%. Nestes mais 527 postos de trabalho destaca-se o "crescimento do emprego nas Entidades Públicas Empresariais (EPE) do SNS (em resultado da transição dos trabalhadores dos agrupamentos de centros de saúde e outras entidades do setor público administrativo) e nos institutos públicos, neste caso explicado principalmente pela transferência de pessoal de serviços regionais de várias entidades para as comissões de coordenação e desenvolvimento regionais, bem como para o Instituto para os Comportamentos Aditivos e as Dependências, I.P.".

A DGAEP explica que os dados foram revistos "para toda a série", com informação atualizada sobre as entidades que integram o setor das administrações públicas do INE. Os que dizem respeito à administrção central "são apresentados de acordo com a estrutura orgânica" do novo Governo liderado por Luís Montenegro.

Salário total médio sobe 8,4% até abril

Os salários totais brutos, que incluem suplementos, subiram 8,4% em termos homólogos, em abril, o valor mais alto desde o início da série, de acordo com estes dados administrativos que resultam da informação dada pelos serviços. O ganho mensal médio ficou em abril nos 2.082,60 euros por mês.

Esta variação resulta tanto das políticas salariais adotadas como da variação do número de trabalhadores (e do seu perfil).

A síntese refere que no final de 2023 e início de 2024 "foram aprovadas várias medidas legislativas e regulamentares destinadas à valorização dos trabalhadores, com impacto remuneratório em diversas carreiras, nomeadamente carreiras gerais, carreiras de regime especial de técnico superior especialista em orçamento e finanças públicas e de técnico superior especialista em estatística do INE, carreiras médica e de técnico auxiliar de saúde, carreiras da Polícia Judiciária, militares das Forças Armadas, carreira de auditor do Tribunal de Contas e carreira de polícia municipal".

Notícia atualizada pelas 19:41 com mais informação e corrigida pelas 20:05 para explicar que o aumento na administração local é de 2% (e não de 10%, como inicialmente se dizia).