Notícia
UTAO sem dados para avaliar custo do subsídio proposto pelo PCP para trabalhadores essenciais
Na primeira avaliação de uma proposta de alteração ao OE 2021, os peritos do Parlamento não receberam a informação necessária para quantificar os impactos orçamentais da medida. Concluem apenas que efeito no saldo é negativo.
A Unidade Técnica de Apoio Orçamental não conseguiu reunir a informação necessária para quantificar o impacto orçamental do subsídio proposto pelo PCP para os trabalhadores de serviços essenciais, que estão mais expostos ao risco de infeção por covid-19. Esta é a primeira medida que os peritos do Parlamento tentaram avaliar, no âmbito do debate de especialidade do Orçamento do Estado para 2021.
"A impossibilidade de aceder a microdados relevantes para a quantificação dos impactos orçamentais diretos" da proposta do PCP "inviabilizou a quantificação do seu impacto orçamental esperado", lê-se no relatório entregue esta segunda-feira aos deputados, e a que o Negócios teve acesso.
A UTAO explica que pediu informação ao Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, mas não obteve "qualquer resposta às perguntas que lhe foram dirigidas." Os peritos admitem, ainda assim, que a informação em causa não esteja disponível para ser enviada num prazo de tempo curto, como aquele que a equipa da UTAO teve para fazer o relatório.
Os peritos do Parlamento em contas públicas explicam que a medida tem várias dificuldades de operacionalização, nomeadamente na definição do universo de trabalhadores que beneficiariam do suplemento remuneratório de 20%, previsto na medida.
Ainda assim, uma avaliação qualitativa permite-lhes concluir que o impacto global no saldo orçamental será negativo, uma vez que o acréscimo de gastos com pessoal será superior à subida de receita fiscal que a valorização remuneratória também produziria.
A UTAO tem várias outras propostas em mãos para avaliar durante o processo orçamental. Entre outras, foi pedido aos técnicos do Parlamento que calculassem o custo da redução do valor das portagens nas ex-SCUT e da suspensão do pagamento por conta.
"A impossibilidade de aceder a microdados relevantes para a quantificação dos impactos orçamentais diretos" da proposta do PCP "inviabilizou a quantificação do seu impacto orçamental esperado", lê-se no relatório entregue esta segunda-feira aos deputados, e a que o Negócios teve acesso.
Os peritos do Parlamento em contas públicas explicam que a medida tem várias dificuldades de operacionalização, nomeadamente na definição do universo de trabalhadores que beneficiariam do suplemento remuneratório de 20%, previsto na medida.
Ainda assim, uma avaliação qualitativa permite-lhes concluir que o impacto global no saldo orçamental será negativo, uma vez que o acréscimo de gastos com pessoal será superior à subida de receita fiscal que a valorização remuneratória também produziria.
A UTAO tem várias outras propostas em mãos para avaliar durante o processo orçamental. Entre outras, foi pedido aos técnicos do Parlamento que calculassem o custo da redução do valor das portagens nas ex-SCUT e da suspensão do pagamento por conta.