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OE2022: PEV vai aferir credibilidade do Governo em função da execução do Orçamento para 2021

A posição do PEV em relação ao Orçamento do Estado para 2022 vai depender "do nível de execução do Orçamento do Estado de 2021" em geral e "muito em particular" das medidas que foram propostas por este partido, disse o deputado e dirigente do Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) José Luís Ferreira.

Mário Cruz/Lusa
26 de Julho de 2021 às 22:21
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O PEV transmitiu hoje ao Presidente da República, a propósito das negociações sobre o Orçamento do Estado para 2022, que irá aferir a credibilidade do Governo em função da execução do Orçamento para 2021.

Esta informação foi prestada aos jornalistas pelo deputado e dirigente do Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) José Luís Ferreira, no Palácio de Belém, em Lisboa, à saída de uma reunião com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que iniciou hoje uma ronda de audiências aos partidos com assento parlamentar.

"Em relação ao futuro, nós transmitimos ao senhor Presidente da República aquilo que também já transmitimos hoje ao Governo", declarou José Luís Ferreira, referindo-se às negociações sobre o Orçamento do Estado para 2022.

A posição do PEV em relação ao Orçamento do Estado para 2022 vai depender "do nível de execução do Orçamento do Estado de 2021" em geral e "muito em particular" das medidas que foram propostas por este partido, acrescentou.

"Consideramos que é importante perceber este grau de execução para também aferirmos a credibilidade que o Governo nos merece nos compromissos que assume", frisou o deputado.

Por outro lado, o PEV irá aguardar pelo conteúdo da proposta do Governo e "avaliar até que ponto é que esse Orçamento dará resposta aos problemas do país e dos portugueses".

"Quanto menos for executado este ano, maiores serão os problemas para o ano que vem e, portanto, a resposta também é mais exigente se houver pouca execução deste Orçamento do Estado", advertiu José Luís Ferreira.

"Os Verdes", segundo o deputado, "mantêm a mesma postura que têm mantido ao longo dos anos, com o mesmo sentido da responsabilidade".

Neste encontro do Presidente da República com uma delegação do PEV discutiu-se "a situação política, social, ambiental e também sanitária que o país atravessa", de acordo com José Luís Ferreira.

Relativamente à covid-19, o PEV considera que "a ciência é que sabe" e que se deve "ouvir a ciência antes de decidir quaisquer medidas, sejam de desconfinamento, sejam de agravamento das medidas", mas gostaria que houvesse maior abertura de atividades e serviços.

"Quanto ao plano social, nós registamos uma preocupação que tem a ver com os índices de pobreza que são hoje conhecidos, e que contrastam de forma muito grosseira com a distribuição de dividendos por parte dos acionistas das grandes empresas, que num ano de pandemia como foi o ano de 2020 arrecadaram 7,4 mil milhões de euros, ou seja, mais 330 milhões de euros do que em 2019", disse o deputado.

O PEV manifestou também junto do Presidente da República preocupações com "a onda de despedimentos ao nível da banca e da Altice" e com "a insistência do Governo em manter o Montijo" como opção para a localização do novo aeroporto de Lisboa, entre outros assuntos, referiu.
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