Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Medina garante saneamento da dívida da CP em 2022 ou 2023

O ministro das Finanças diz que a operação de saneamento da dívida da operadora ferroviária exige ainda conversações com Bruxelas, mas considera-a necessária e assegura que se for possível conclui-la este ano será concluída.

Os preços e a aquisição de títulos têm junto dos utentes dos comboios urbanos o maior nível de satisfação.
Mariline Alves
13 de Abril de 2022 às 16:31
  • ...

O ministro das Finanças, Fernando Medina, afirmou esta quarta-feira, na apresentação da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2022, que o saneamento da dívida da CP é "necessário", mas explicou que neste momento "há um diálogo a fazer com a Comissão Europeia relativamente a esta operação".

"Se for possível concluí-la este ano nós concluiremos este ano. Se não for possível concluir neste ano concluiremos no próximo", assegurou, recordando que esta "é uma  operação que em termos de défice orçamental é neutra, porque esta dívida está reconhecida dentro do perímetro do Estado".
 

"É simplesmente em vez de estar adstrita a uma gaveta está adstrita a outra gaveta dentro de um móvel que é todo ele o Estado", disse.


Fernando Medina frisou que esta operação "é necessária quer na CP quer depois em outras empresas".


"O que se passa é que hoje estas empresas estão dentro do perímetro do Estado e várias delas acumularam um dívida histórica porque o Estado durante várias décadas não pagou as indemnizações compensatórias  e os programas de investimento que lhes foram pedidos, numa estratégia que desorçamentou a evolução do stock da dívida  dessas empresas", afirmou.

"Estando neste momento essas empresas dentro do perímetro é tempo de voltarmos a ter alguma normalidade na gestão das nossas empresas, com contratos de serviço público firmados, financiados a tempo e horas,  com uma dívida totalmente controlada", afirmou, lembrando a necessidade de um "acordo entre as tutelas setoriais e as Finanças para financiar os planos de investimento e que tenhamos empresas cada vez a  prestar melhor serviço aos portugueses".

Já na proposta de OE para 2022 apresentada em outubro, que acabou por ser chumbada, foi inscrita uma despesa excecional de 1.800 milhões de euros com a CP para este ano para o saneamento da sua dívida histórica que em 2020 ascendia a 2.132 milhões de euros.

A falta de meios da CP levou no ano passado o então presidente da empresa, Nuno Freitas, a demitir-se, a três meses de cessar o mandato, mas também o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, a não pouoar críticas ao então ministro das Finanças.

Ver comentários
Saber mais CP Fernando Medina Finanças dívida ferrovia
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio